Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Setor Têxtil quer Alíquota do ICMS de 7% por Tempo Indeterminado

Empresários e parlamentares começam a costurar as próximas bandeiras de luta do setor

A Frente Parlamentar em Defesa do Setor Têxtil e de Confecções do Estado de São Paulo foi relançada 29/08 em cerimônia na Assembleia Legislativa, com a coordenação do deputado estadual Chico Sardelli (PV). O fortalecimento da cadeia têxtil, combatendo a entrada desenfreada dos importados, a guerra fiscal entre os Estados e buscando a redução de impostos, está entre os seus principais objetivos.

Outra reivindicação apresentada aos deputados pelo diretor da Fiesp, Elias Miguel Haddad, é buscar junto ao governador a permanência da alíquota de 7% do ICMS por tempo indeterminado e não apenas até 2012. A Frente Parlamentar existe desde 2007 e foi relançada atendendo resolução da Alesp para adequação de sua composição.
 
O evento contou com a presença de representantes de entidades patronais e dos trabalhadores, vereadores e secretários municipais. A Mesa foi composta pelo secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho, Davi Zaia, pelos deputados Beto Tricoli (PV) e Antonio Mentor (PT), o prefeito de Santa Bárbara d´Oeste, Mário Heins (PDT), presidente do Sindivestuário, Ronald Moris Masijah, presidente do Sinditêxtil, Alfredo Emílio Bonduki, presidente do Sinditec, Fábio Beretta Rossi, e pelo vice-presidente da Conaccovest (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Setor Têxtil, Vestuário, Couro e Calçados), Sérgio Marques.

Também fizeram uso da palavra o diretor da Fiesp, Elias Miguel Haddad, Cláudio Peressim, presidente do Sindicato Têxtil de Santa Bárbara d´Oeste, Germano Pavan Neto, presidente da Acia (Associação Comercial e Industrial de Americana) e o vereador Odair Dias, do Partido Verde de Americana.

REUNIÕES
 
O deputado Chico Sardelli apresentou como proposta a realização de reuniões mensais da Frente Parlamentar com as entidades representativas para definição de um plano de trabalho e o encaminhamento das reivindicações do setor. “Continuaremos trabalhando  intensamente para melhorar as condições de competitividade de nossa indústria, criar condições isonômicas diante dos produtos importados , consequentemente, a geração de novos postos de trabalho. Essa Frente Parlamentar está engajada e ativa na luta pelos interesses do setor têxtil e de confecções e dos nossos trabalhadores”, destacou.
 
Sardelli disse que a Frente Parlamentar continuará atuando junto aos órgãos competentes do governo, apresentando as demandas que precisam ser tomadas para que não haja maiores conseqüências para o setor. “O Estado de São Paulo é um grande produtor têxtil, mas infelizmente vem perdendo força devido à entrada dos importados e da guerra fiscal entre os Estados. Também é um dos mais atingidos com a desvalorização do dólar”, observou.

ORGANIZADO
 
O secretário estadual Davi Zaia, que acompanhou a atuação da Frente de 2007 a 2010, durante seu mandato de deputado, ressaltou esse trabalho como importante ao colocar em debate junto ao governo a situação do setor têxtil e do vestuário. “Como o setor é organizado, facilita a atuação dos parlamentares. É preciso manter a discussão dos problemas que afligem a cadeia têxtil e avançar para continuar crescendo e ter empregabilidade”. Atualmente há 510 mil trabalhadores no setor têxtil no Estado de São Paulo. No Brasil, esse número chega a 1,7 milhão, sem considerar os empregos indiretos.
 
ICMS

O presidente do Sinditec, Fábio Beretta Rossi, lembrou que pelo trabalho da Frente Parlamentar o setor conquistou uma de suas maiores vitórias: a redução da alíquota do ICMS de 12% para 7%, no ano de 2010, e a prorrogação desse benefício até dezembro de 2012. Ele apresentou como sugestão para essa nova composição da Frente buscar apoio do governador Geraldo Alckmin contra a guerra fiscal entre os Estados, a fiscalização de portos e rodovias para barrar produtos importados sem nota e a capacitação da mão-de-obra. “Não vamos desistir, mas lutar pela competitividade e continuar produzindo o tecido que veste o Brasil”.
 
Já o presidente do Sindivestuário considerou que o trabalho da Frente tem apresentado resultados por estar estruturado na união entre empresários, trabalhadores e parlamentares e alinhado na mesma direção. “São Paulo precisa seguir essa tendência de desoneração da folha de pagamento, lançada pelo governo federal por meio do plano Brasil Maior, para estimular a contratação. Também pedimos o apoio dos parlamentares para a CPI do Trabalho Escravo, tanto na Assembleia Legislativa como no Congresso Nacional”, disse Ronald.

EVASÃO
 
Alfredo Bonduki, presidente do Sinditêxtil, comentou que São Paulo é o único Estado brasileiro que possui todos os elos da cadeia produtiva têxtil, sendo portanto o mais afetado pela importação de tecidos e vestuário. “São Paulo perdeu muito nos últimos anos, mas continuamos tentando manter as empresas e evitar a evasão para outros Estados que oferecem mais incentivos. Precisamos de uma política de Estado, da atuação da Frente Parlamentar e de mais apoio do governo para a manutenção dos empregos

Fonte:|http://www.walterbartels.com/noticia/19835/politica-29-8-2011-setor...

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