Stocks de algodão atingem recordes

[Romildo de Paula Leite]

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) espera que os stocks mundiais de algodão atinjam um pico recorde na atual e próxima estações, com os esforços da China para construir a sua reserva nacional a deixar inventários mais baixos para o resto do mundo. O USDA espera que os stocks atinjam os 92,74 milhões de fardos em 2013/2014, uma subida de 9,3% em comparação com os 84,78 milhões de fardos esperados no ano atual. Contudo, isto surge na mesma altura em que a produção mundial deverá cair 3% em comparação com 2012/2013, atingindo os 117,8 milhões de fardos, com as reduções – sobretudo nos EUA, China, Turquia, Grécia e México – a serem parcialmente compensadas por subidas no Brasil, Índia, Paquistão e Austrália. O USDA espera que o consumo mundial aumente 2% no próximo ano devido a um crescimento modesto no PIB mundial. Mas o comércio mundial deverá cair 12%, com as importações acentuadamente mais baixas pela Índia e pela China a serem parcialmente compensadas por aumentos no Paquistão, Turquia e México. Os stocks mundiais finais fora da China deverão baixar em quase 2 milhões de fardos. Prevê-se que os stocks da reserva nacional da China atinjam quase os 40 milhões de fardos no final de 2012/2013. Com base nas compras atuais do governo chinês e nos preços e políticas de quotas, o USDA prevê que a China importe 12 milhões de fardos em 2013/2014 e acrescente 10 milhões de fardos aos stocks finais, com as compras da reserva a excederem as vendas da reserva. Os stocks finais projetados para a China, de 58,2 milhões de fardos, devem representar 63% dos stocks mundiais. Nos EUA, a produção deverá cair 19%, para 14 milhões de fardos em 2013/2014, devido ao abandono médio regional da cultura. A desistência na região do sudoeste deverá atingir os 25%, devido à continuação das condições de seca. As exportações deverão diminuir 13%, para 11,5 milhões de fardos devido ao menor fornecimento disponível e diminuição das importações da China. Os stocks finais deverão baixar para 3 milhões de fardos, que o USDA afirma ser equivalente a 20% do uso total, e bem abaixo da média dos 10 anos anteriores.

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