Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Supermercado de calçados Studio Z chega a RS 1 Bilhão em vendas

Supermercado de calçados Studio Z chega a R$ 1 bilhão em vendas

A Studio Z tem mais de 100 lojas próprias, com mil metros quadrados, em média, cada uma, espalhadas em 55 cidades de 16 Estados

Por Ana Luiza de Carvalho

A varejista de calçados e acessórios Studio Z, focada nas classes C e D, alcançou faturamento anual recorde de R$ 1 bilhão em 2022, o que representa alta de 30% ante os R$ 820 milhões da receita registrada em 2019, antes da pandemia de covid-19 chegar ao país.

A Studio Z tem mais de 100 lojas próprias, com mil metros quadrados, em média, cada uma, espalhadas em 55 cidades de 16 Estados. Elas funcionam como um “supermercado” de calçados — o consumidor circula entre as diversas prateleiras, escolhe ele mesmo o que quer e leva ao caixa.

O modelo de autosserviço foi implementado na rede na década de 1990, contrastando com o habitual modelo de pequenas lojas com atendimento a cada cliente. Esse tipo de loja, de autosserviço, representa 18% das vendas do varejo de moda, segundo a sócia da PwC Brasil, Luciana Medeiros. Ela observa que o período de pandemia foi um dos maiores propulsores do autosserviço no Brasil, em razão do medo do contágio durante a interação entre clientes e funcionários.

A Studio Z, que não informou dados sobre lucro, atribui o faturamento bilionário em 2022 a ganhos de eficiência operacional e redução de custos. Segundo a diretoria, o número de pares de calçados vendidos cresceu 9,5% em relação a 2021. Enquanto no ano passado o número foi de 14,9 milhões, em 2021 foram comercializados 13,6 milhões de pares.

O negócio começou como uma revendedora de calçados, fundada pelo casal Mario e Walma Zanatta em 1975. O empresário, nascido na Itália, chegou ao Brasil em 1950 e abriu a primeira unidade da marca 25 anos depois. A expansão orgânica da rede Studio Z começou em 1978, com a inauguração de novas lojas além da primeira unidade.

Além das lojas, a rede conta atualmente com dois centros de distribuição, na cidade de Palhoça (SC) e em Recife (PE). Os centros somam cerca de 20 mil metros quadrados em área de armazenamento, sendo 14 mil apenas em Palhoça. Já no Sudeste, em que não há lojas físicas da Studio Z, a companhia atende a demanda por meio de sua plataforma de e-commerce, em operação desde 2016.

O portfólio da varejista inclui produtos de marcas do mercado como Adidas, Moleca e Vizzano, além de marcas próprias como a Gabriela, produzidos em fábricas terceirizadas das regiões Sul e Sudeste. Os modelos são desenvolvidos junto aos polos calçadistas, sob encomenda, e vendidos exclusivamente na rede própria. Além das lojas físicas e do site da companhia, a Studio Z participa de marketplaces como Mercado Livre, Riachuelo e Dafiti.

Por uma decisão pessoal de mudança da família que fundou a companhia, a sede foi transferida para Santa Catarina há cerca de quinze anos. Hoje, a Studio Z opera 23 lojas no Estado. Outra importante mudança ocorrida nos últimos anos foi a saída dos fundadores do comando executivo da companhia. Os Zanatta, que hoje ocupam cadeiras no conselho de administração da Studio Z, deram lugar ao CEO Gino Domenico em janeiro de 2021.

“O processo de profissionalização se iniciou há cerca de sete anos, começando pela formação do conselho de administração e, aos poucos, a sucessão dos membros da família. Sou o primeiro executivo que vem de fora, como presidente da companhia”, afirma Domenico.

O executivo, que possui experiência em reposicionamento e fusões e aquisições de companhias familiares, afirma que a trajetória da Studio Z chama a atenção de quem não conhece a rede. De acordo com Domenico, o desempenho da Studio Z tem sido acima da curva, considerando que “o mercado de calçados não está crescendo nessa velocidade”.

A associação do setor, a Abicalçados, estima que o volume de produção finalize 2022 com alta de 3% em relação a 2021. Em 2023, alta na produção deve ficar em 1,6%.

Parte do crescimento da Studio Z, na visão de Domenico, se deve à modernização de processos. Há cerca de dois anos, a companhia decidiu ampliar suas operações também para o fast-fashion, deixando de operar exclusivamente no modelo de “supermercado de calçados”, diz Domenico.

A companhia não revela a participação das vendas exclusivamente digitais no mix de receita, limitando-se a declarar que é uma participação “de um dígito alto”, ou seja, inferior a 10%. “Não temos a preocupação de alcançar 15% a 20%, por exemplo, mas conseguimos crescer em 10% a base de clientes e o relacionamento com esses clientes é a preocupação”, diz Domenico.

Outra iniciativa da Studio Z para ampliar a base de clientes, de acordo com o CEO, foi “abraçar a classe C”, com melhoria da qualidade dos produtos de menor tíquete médio e desenvolvimento das marcas próprias, sem deixar de atender às classes de maior poder aquisitivo. “Temos produtos de R$ 39 até R$ 800 reais, e a maioria das vendas ocorre nesta faixa de R$ 29 a R$ 39 reais. Em segundo lugar, está a faixa de R$ 199 a R$ 239”, afirma.

Fonte: Valor Econômico

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