Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Têxteis portugueses lideram benefícios com acordo UE/EUA! Enquanto isso no Brasil...

O Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP) entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos, ainda em fase de negociações, vai representar, quando estiver totalmente implementado, um crescimento entre 1 e 1,8% no tráfego portuário em Portugal.

Esta é a estimativa avançada no estudo realizado no ano passado pelo Centre for Economic Policy Re- seach para o Governo, que desenha os cenários do TTIP para Portugal.

 

Esta quinta-feira, o impacto do acordo para o país e para o sector marítimo-portuário é o tema da intervenção de Bruno Maçães, secretário de Estado dos Assuntos Europeus, na sessão comemorativa dos 30 anos do Conselho Português de Carregadores (CPC), a entidade que representa os maiores exportadores portugueses.


Nos últimos três anos, o movimento nos portos nacionais rondou os 82 milhões de toneladas. Com o TTIP, o tráfego portuário atingirá, segundo o estudo, os 88 ou 89 milhões de toneladas. Já as exportações de empresas nacionais para os EUA poderão chegar aos 1.200 milhões de euros.


Com o acordo que pretende facilitar as trocas comerciais entre a UE e os EUA Portugal deverá ser um dos países europeus que mais depressa irá colher benefícios, refere o estudo. Como conclui, será nos têxteis e vestuário que se sentirão os maiores impactos, já que são sectores que concentram grande parte das exportações nacionais e enfrentam actualmente as tarifas mais altas.


Mas outros sectores irão beneficiar com o TTIP Para Pedro Galvão, presidente do Conselho Português de Carregadores, o acordo permitirá não só que produtos manufacturados, como têxteis, calçado, vestuário ou papel de escritório, mas também as agro-indústrias como o azeite e o vinho, tenham "mais facilidade em entrar no mercado americano".


Num cenário mais modesto, as importações e as exportações agregadas podem aumentar entre 1 e 1,3%. Num mais ambicioso, projectado para 2030, esse crescimento está estimado entre 1,5 e 1,7%. 

TOME NOTA
Efeitos previstos do acordo para Portugal

PIB PORTUGUÊS PODE CRESCER 0,76%
O Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento entre a União Europeia e os EUA pretende facilitar as trocas comerciais através de uma redução generalizada das tarifas e da eliminação de barreiras não tarifárias. No longo prazo, Portugal pode registar um crescimento do PIB entre 0,57 e 0,76%.

40.500 EMPREGOS CRIADOS NO CURTO PRAZO
Analisando o efeito de reduções tarifárias imediatas e considerando o aumento de encomendas de outros países a Portugal, o estudo realizado pelo Centre for Economic Policy Research estima a criação de 40.500 empregos a curto prazo e de mais 23 mil em 2030, altura em que o TTIP estará totalmente implementado.

TÊXTIL E VESTUÁRIO COM MAIOR IMPACTO
No cenário mais modesto, o TTIP pode vir a representar um aumento de 1,16 mi I milhões de euros nas receitas nacionais, com as importações e as exportações agregadas a crescerem entre 1 e 1,3%. No cenário mais ambicioso, esse acréscimo poderá ser da ordem entre 1,5 e 1,7%. Os sectores têxteis e de vestuário são os que vão sentir maiores impactos.

PERGUNTAS
A PEDRO GALVÃO

Presidente do Conselho Português de Carregadores

"A redução da factura portuária é essencial"

Pedro Galvão acredita que os portos nacionais possam vir a ultrapassar os 90 milhões de toneladas nos próximos anos.

Estima-se que o Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP) entre a União Europeiae os EUA possa ter um impacto no tráfego portuário próximo de 2%. Esse aumento desilude?


Entre 2004 e 2011, o movimento nos portos portugueses oscilou nas 65 milhões de toneladas. Nestes últimos três anos, 2012-2014, passámos para um patamar de 82 milhões de toneladas, mais 25 %. 0 estudo sobre o impacto do TTIP, aponta para que se atinja os 88 milhões de toneladas. Não me desilude este crescimento porque os efeitos indirectos na nossa economia são muito importantes na criação de emprego. Por outro lado estou convicto de que iremos ultrapassar os 90 milhões de toneladas nos próximos anos.

Que medidas Portugal podia tomar atempadamente para que esse impacto fosse maiora partir do momento da concretização do acordo?


É essencial que o esforço da redução da factura portuária e da redução de custos de contexto se mantenha: não faz sentido reduzir barreiras alfandegárias nos EUA e depois os custos no acesso e na utilização dos portos aumentem ou se mantenham. Simplificação, aumento de eficiência, concorrência na operação portuária serão ainda mais necessárias.

A redução da factura portuária que está prometida pode ser um ponto a favor dos portos portugueses?
A red ução da factu ra portuária é essencial, sob pena de a redução de tarifas aduaneiras e de regulamentação nos EUA decorrentes do TTIP não produzirem todos os efeitos desejados. Não só no embarque das mercadorias a exportar, mas também na importação das maté- rias-primas, a custos competitivos para as nossas indústrias exportadoras. O bom caminho iniciado por este Governo, de reduzir a factura portuária em 25%, está todavia longe do fim, com muito trabalho ainda pela frente.


De que forma este acordo pode ser uma oportunidade ou desafio para os exportadores portugueses?
Este acordo pode ser uma excelente oportunidade que não podemos perder. Os produtos manufacturados, como têxteis, calçado, vestuário, papel de escritório, assim como agro-indústrias, como produção de azeite e vinho, terão mais facilidade em entrar no mercado americano. Por parte dos portos e da logística, estão em curso projectos de ampliação de terminais de contentores, eliminando constrangimentos e ganhando escala. Mas sendo a concorrência feroz, será um desafio importante para os exportadores portugueses. 

O caminho da redução da factura portuária está ainda longe do fim.

FONTE: http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/texteis_lideram_ben...

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Respostas a este tópico

No Brasil??? pois é...

NADA! SIM, NADA É FEITO!!

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