O London’s Fashion and Textile Museum abriga mais de 100 trabalhos sobre moda feminina no pós-guerra, feita por revolucionários designers têxteis. Confira os destaques dessa história, em reportagem de Tamasyn Gambell, do portal WGSN.
Depois da Segunda Guerra Mundial, o design sóbrio foi ficando no passado, enquanto uma nova e esperançosa Grã-Bretanha abraçava um estilo mais otimista e colorido, com padronagens mais fortes. Assim, as estampas para artigos de casa se afastaram da rústica chita, caminhando para uma estética mais artística.
Nesse novo contexto histórico, as padronagens de Lucienne Day, Marian Mahler e Jacqueline Groag foram exibidas no Festival da Grã-Bretanha de 1951, que celebrou o design britânico do passado e do futuro. Pioneiros na área, eles tomaram a dianteira no design, em âmbito internacional, nos anos 1950 e 60.
O trabalho deles indicava um novo começo para a indústria têxtil britânica, atraindo colaborações com marcas como John Lewis, Heal’s, Liberty e David Whitehead. Lucienne Day, por exemplo, abordava suas estampas como um artista numa tela, trabalhando questões de escala e texturas. Essa dedicação pode ser conferida na icônica estampa Calyx, licenciada pela Heal’s em 1951.
Estampa têxtil de Lucienne Day, na exposição ''Designing Women: Post-War British Textiles'', no Fashion and Textile Museum, em Londres
WGSN
Atualmente, diante de um mercado têxtil apinhado de produções em série, design feitos por computadores e estampas digitais, uma tendência: muitos designers contemporâneos estão revisitando os métodos tradicionais nas estampas e criações.
No passado, os designers ingleses do pós-guerra exploraram as marcas desenhadas à mão, dando um approach mais artístico às suas criações. Na mesma linha, os designers atuais continuam apostando nessa visão, mas explorando novas narrativas e ideias.
Entre as principais ideias estão desenhos gráficos lineares, marcas espontâneas feitas à mão, cores fortes. Os novos designers, assim como os do pós-guerra na Inglaterra, estão criando estampas atemporais que expressam ideias autorais de um verdadeiro estilista.
O WGSN conversou com três designers contemporâneos – Wendy Bray, Rose De Borman e Caitlin Hinshelwood. Eles dizem que as marcas feitas à mão dão personalidade ao trabalho. “Arte e design refletem uma fuga da austeridade”, completa Wendy Bray.
Estampa têxtil de Marian Mahler
Fonte:http://modaspot.abril.com.br/tecidos/tecidos-do-pos-guerra-revisita...
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