Tecidos feitos com fibras digitais programáveis vão vestir as pessoas no futuro

Você usaria uma roupa digital com recursos programáveis, capaz de medir a temperatura corporal, armazenar sua playlist preferida ou monitorar o seu desempenho físico em tempo real? Segundo os cientistas do MIT, nos EUA, a vestimenta do futuro pode fazer tudo isso e muito mais sem precisar sair da moda.

A fibra digital pode ser costurada em tecidos comuns e lavada por pelo menos 10 vezes sem quebrar ou perder a capacidade de registrar informações que podem ser usadas em avaliações físicas, inferências médicas e até na detecção de doenças em estágio inicial.

“Este trabalho apresenta a primeira realização de um tecido com a capacidade de armazenar e processar dados digitalmente, adicionando uma nova dimensão de conteúdo de informação aos têxteis e permitindo que os tecidos sejam literalmente programados para executar determinada função”, afirma o principal responsável pelo estudo, professor Yoel Fink.


Imagem ampliada da fibra digital (Imagem: Reprodução/MIT)

Costura hi-tech

A nova fibra programável foi desenvolvida com a ajuda de centenas de microchips digitais de silício colocados em um molde para criar uma camada de polímero fina e flexível, que pode ser usada como uma linha comum estreita o suficiente para passar pelo buraco de uma agulha.

Controlando o fluxo do polímero, os pesquisadores conseguiram criar uma fibra com conexões elétricas contínuas entre os chips ao longo de vários metros, sem perder as propriedades energéticas necessárias para a transmissão de dados.

“Você pode pensar em nossa fibra como um corredor e os elementos são como quartos e cada um tem seus próprios números digitais exclusivos. Nossa equipe desenvolveu um método de endereçamento digital que permite “ligar” a funcionalidade de um elemento sem ligar todos os elementos ao mesmo tempo, explica o coautor do estudo, Gabriel Loke.


Fibra programável pode passar pelo buraco de uma agulha (Imagem: Reprodução/MIT)

Para guardar na memória

Durante os testes de laboratório, os cientistas conseguiram escrever, armazenar e ler informações na fibra digital. Eles gravaram um vídeo de curta-metragem colorido de 767 kilobits e um arquivo de música contendo 0,48 megabyte na memória do tecido. Esses arquivos permaneceram armazenados por dois meses seguidos, sem a necessidade de uma fonte de energia.

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