Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Tecnologia redefine estratégias no setor têxtil e de confecção

O Congresso Internacional Abit 2025 abriu sua programação com um debate sobre o papel das inovações tecnológicas na indústria têxtil e de confecção. Especialistas como Matheus Diogo Fagundes (Audaces), Oscar González (Improve Latinoamérica) e Tony Pinville (Heuritech) demonstraram consenso: investir em tecnologia deixou de ser uma escolha estratégica para se tornar requisito básico de competitividade. Segundo eles, empresas que não incorporarem recursos digitais em sua gestão e em suas linhas de produção terão maiores dificuldades de manter operações sustentáveis no mercado global.

Crédito: Abit — Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção

Entre os pontos destacados, a sustentabilidade emergiu como preocupação central. Pinville lembrou que o setor de moda ainda é marcado por grandes volumes de produção excedente e estoques que retêm capital. Para reduzir desperdícios, o executivo defendeu a adoção da inteligência artificial como instrumento de previsão de demanda e definição de coleções mais alinhadas ao consumo real. González reforçou que a digitalização de processos diminui a complexidade operacional e otimiza o tempo produtivo, se tornando fator decisivo para a continuidade das marcas no futuro.

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Fagundes, por sua vez, recorreu à metáfora da Fórmula 1 para ilustrar a busca por eficiência e agilidade no setor. Ele argumenta que, assim como no automobilismo cada segundo é determinante, na indústria da moda cada centavo pode definir resultados. Para o executivo, a coleta e a análise de dados em toda a cadeia — do design ao ponto de venda — devem orientar decisões e aperfeiçoar a experiência de compra, beneficiando consumidores e empresas. Assim, tecnologia e produtividade se consolidam como pilares da transformação que se impõe ao setor têxtil.

POR

Fernanda Baldioti