Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Nos últimos anos, as tecnologias de controlo de odores registaram uma forte procura. Com crescentes preocupações sobre os seus potenciais efeitos nocivos, como no caso das nanopartículas de prata, o futuro parece passar por alternativas à base de plantas.

[©Pixabay-StockSnap]

As tecnologias de controlo de odores tornaram-se uma solução recorrente para evitar o desenvolvimento de maus cheiros e manter a frescura nos têxteis e vestuário. Contudo, refere a Textiles Intelligence no estudo “Odour control technologies: managing bacteria in textiles and clothing”, há cada vez mais preocupações relacionadas com os efeitos adversos que este tipo de tecnologia pode ter sobre o ambiente e a saúde humana.

Inicialmente, estas tecnologias foram desenvolvidas para serem utilizadas no vestuário de desporto e activewear. No entanto, devido à sua eficiência na gestão do desenvolvimento de microrganismos em têxteis e vestuário, ganharam proeminência em várias outras aplicações, nomeadamente nos têxteis-lar, têxteis para a área da saúde, têxteis técnicos e vestuário de trabalho.

A relevância das tecnologias de controlo de odores pode igualmente ser atribuída à cada vez maior valorização dos consumidores de cuidados pessoais e estilos de vida saudáveis, acredita a Textiles Intelligence, já que permitem um maior conforto e frescura prolongada para os utilizadores.

De acordo com o estudo, para que capitalizem a popularidade das tecnologias de controlo de odores – o mercado deverá continuar a crescer até 2032 –, «os produtores devem investir no desenvolvimento de novos produtos, que tenham níveis de performance mais elevados e durabilidade e, ao mesmo tempo, que respondam a preocupações levantadas por grupos de pressão sobre os efeitos nocivos das atuais tecnologias de controlo de odores no ambiente e na saúde humana – sobretudo daquelas tecnologias que usam agentes antimicrobianos e nanomateriais».

Segundo a Textiles Intelligence, este receio sobre os potenciais efeitos prejudiciais deste tipo de acabamento deve-se sobretudo ao facto de se ter concluído que os têxteis tratados com agentes antimicrobianos se degradam de forma mais lenta do que os têxteis não tratados. «É também por as nanopartículas que têm propriedades antiodores, como nanopartículas de prata, saírem na lavagem. As nanopartículas libertadas desta forma podem acabar em cursos de água onde podem prejudicar o ambiente e fazer mal à vida aquática», acrescenta.

A empresa especialista em estudos refere que, em resposta a estas preocupações, alguns produtores estão atualmente a explorar materiais alternativos à base de plantas, como óleo de hortelã-pimenta, que mostrou ser eficaz contra as bactérias que causam maus odores e bactérias que podem desenvolver tolerância a antibióticos.

«Os produtores de têxteis e vestuário que conseguirem acelerar os seus esforços para desenvolver tecnologias de controlo de odores feitas à base de plantas deverão ter ganhos significativos nos próximos anos», conclui a Textiles Intelligence.

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