Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

A região está cada vez mais inquieta com a participação do Vietname nas negociações comerciais da Parceria Trans Pacifico, com alguns especialistas a afirmar que a sua inclusão poderá trazer perdas de cerca de 6 mil milhões de dólares para a indústria têxtil e vestuário local.

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Temores na América Central

Participante inicial no altamente controverso acordo de livre comércio – que envolve 12 países –, o Vietname quer regras de origem flexíveis e taxas alfandegárias nulas, assim que o acordo for assinado. Mas executivos da indústria têxtil dos EUA e da América Central afirmam que tal seria um desastre, roubando 25% das exportações, durante o primeiro ano do TPP aos cinco países que compõem o DR-CAFTA.

Em 2013, o conjunto dos países do DR-CAFTA exportou 7,8 mil milhões de dólares de vestuário para os EUA, revelou Luis Estrada, diretor-geral da Vestex, a principal associação têxtil e vestuário da Guatemala. Com base neste número, se o Vietname entrar no TPP isento de uma regra de origem “a partir do fio”, as perdas de exportação poderão totalizar 1,95 mil milhões de dólares por ano, ou seja, cerca de 6 mil milhões de dólares nos três primeiros anos do TPP, explicou.

Os membros do DR-CAFTA uniram-se aos grupos de interesses têxteis americanos, nomeadamente o National Council of Textile Organizations (NCTO), para pedir ao Congresso dos EUA que pressione o Vietname a aceitar uma regra de origem “a partir do fio”. Os parceiros estão também a pedir que os benefícios de isenção de tarifas sejam concedidos ao longo de vários anos.

O Vietname deve também seguir as mesmas regras dos membros do CAFTA-DR para adquirir as matérias para o fabrico do vestuário, sustentou Severino Matta, presidente da Vestex. Matta referiu que os países da América Central devem aderir a listas de fornecimento muito rigorosas que exigem grandes detalhes sobre a matéria-prima necessária, enquanto o Vietname quer ser capaz de usar uma lista muito maior e mais ampla.

Alguns executivos norte-americanos expressaram otimismo de que os EUA, que estão a conduzir as negociações do TPP na esperança de assinar um acordo este ano, poderão negociar um pacto positivo para todas as partes envolvidas. Enquanto isso, Matta indicou que a América Central está a trabalhar para desenvolver nichos de mercado para enfrentar o Vietname, nomeadamente no vestuário sintético e especializado, com tecidos inteligentes, incluindo sportswear.

O TPP está a ser discutido por 12 países, incluindo os EUA, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Singapura e Vietname, que é o segundo maior fornecedor de vestuário para os EUA, depois da China.

Para os têxteis especificamente, os EUA estão a procurar a eliminação das tarifas sobre as exportações de têxteis e vestuário para os 11 países do TPP, bem como uma regra de origem “do fio para a frente”, que exigiria aos produtos serem fabricados usando apenas fios e tecidos dos EUA ou outros país do TPP, a fim de se qualificarem para os benefícios previstos no acordo.

Os EUA estão também a tentar garantir uma lista restrita de aprovisionamento de tecidos, fios e fibras não disponíveis comercialmente em países do TPP, que estariam isentos de restrições. Mas os grupos de interesse que representam marcas, retalhistas e importadores norte-americanos querem a liberdade de aprovisionar livremente, independentemente dos têxteis usados serem provenientes dos EUA ou de países abrangidos pelo acordo.

http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/43610/xmview/...

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