Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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De filas intermináveis por um novo iPhone a caçadas por tênis de edição limitada, algumas marcas conquistam um nível de lealdade que vai muito além do consumo habitual. Mas como as marcas de jeans podem alcançar esse mesmo patamar de devoção? Essa foi a questão levantada por Tilmann Wröbel, fundador da consultoria de jeans Monsieur-T, durante o evento Bluezone, em Munique, na semana passada.

Segundo Wröbel, a pressão por novidades rápidas, preços baixos e tendências instantâneas fez com que a indústria do jeans perdesse de vista um fator essencial: a criação de produtos que despertem paixão nos consumidores. “A Rolex não vende relógios, vende status. A Nike não vende equipamentos, vende motivação. A Apple não vende computadores ou telefones, vende inovação”, afirmou. Para ele, o setor precisa entender que não se trata mais apenas de vender produtos ou preços competitivos, mas sim de oferecer emoções.

Para isso, Wröbel enfatizou a necessidade de um envolvimento emocional mais profundo entre as marcas e os consumidores. Ele destacou que as empresas, desde as tecelagens até as marcas que comercializam o produto final, devem construir um relacionamento com o público. “Esteja com seus consumidores”, aconselhou. “Faça com que eles se sintam parte da sua marca ou empresa.” Essa conexão pode ser o diferencial entre um jeans qualquer e um item desejado e colecionado.

Embora a construção de identidade seja essencial, as tendências ainda têm um papel importante. Wröbel destacou cinco temas com potencial de longevidade para a Primavera/Verão 2027 e além. Entre eles, as colaborações continuam sendo um dos principais atrativos em um cenário de varejo cada vez mais complexo. Parcerias estratégicas, especialmente aquelas inesperadas, geram grande demanda e costumam esgotar rapidamente.

Marcas como Levi’s e Diesel já entenderam essa dinâmica, firmando colaborações com nomes variados. A Levi’s, por exemplo, uniu forças com ERL, Undercover e Denim Tears, além de lançar coleções conjuntas com Starter e McLaren. Já a Dieselsurpreendeu ao integrar seu DNA a marcas como Coca-Cola, Savage x Fenty e até Durex. A ideia, segundo Wröbel, é que quanto mais inusitada for a colaboração, maior o impacto no mercado.

Além das marcas, a própria cadeia produtiva do jeans pode investir em parcerias estratégicas. A C&A, por exemplo, destacou sua colaboração com a The Lycra Company ao lançar jeans masculinos com Lycra Adaptiv. Já a Lucky Brand trabalhou com a Cotton Incorporated para promover a linha Cool in Cotton, composta por mais de 200 modelos de jeans feitos com algodão. Para o futuro, o setor precisa ir além da funcionalidade e reinventar suas narrativas, apostando na conexão emocional e na exclusividade para conquistar uma base de fãs fiel.

Fonte: Ana Gimonski | Foto: Divulgação

Por: Equipe Guia JeansWear

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