Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Você já percebeu que a tecnologia está influenciando e revolucionando praticamente todas as áreas da vida. Ninguém mais se imagina desconectado da internet ou dos aplicativos que facilitam a comunicação entre as pessoas. Cada vez mais compramos carros e máquinas inteligentes e aprendemos a utilizar a tecnologia a nosso favor. Entre as tendências do mercado, uma que tem grandes projeções de crescimento, assim como a internet das coisas, é a da tecnologia vestível.

Mas você sabe exatamente o que define uma tecnologia vestível? Conhecida também como “wearables”, ela contempla roupas e acessórios inteligentes que, normalmente, utilizam tecidos tecnológicos. Os itens de tecnologia vestível normalmente também estão conectados em rede com outros equipamentos ou estão ligados à internet, enviando dados para softwares que trabalham em nuvem e que retornam informações para os usuários.

A indústria que está puxando o processo de P&D (Pesquisa & Desenvolvimento) do segmento de tecnologia vestível é a ligada com os esportes. O objetivo principal destes investimentos feito por esta indústria é potencializar o desempenho dos atletas e a capacidade humana de executar diferentes atividades. Apesar da tecnologia vestível estar se tornando cada vez mais fundamental para o segmento de moda esportiva, ela está crescendo também em diversas outras direções.

O tamanho do mercado de tecnologia vestível

Empresas de diferentes portes e áreas de atuação estão investindo na tecnologia vestível. Gigantes como a Nike, Adidas, 3M, Puma, assim como startups com outras propostas e modelos de negócio estão pesquisando e desenvolvendo novos trajes, roupas e acessórios.

De acordo com uma reportagem do programa Mundo S/A do canal de TV GloboNews, estariam no mercado, atualmente, 320 milhões de wearables. A expectativa é que este número dobre até 2021.

O mesmo programa cita outros números superlativos: crescimento de receita no segmento de tecnologia vestível de 25,9% em 2017, na comparação com 2016, e a estimativa de que 2,6% da população mundial estará usando produtos deste tipo até o final de 2017.

consultoria IDC, por outro lado, projeta que os fornecedores de roupas e acessórios de tecnologia vestível comercializem 125,5 milhões de wearables em 2017. Esta venda representaria um crescimento de 20% sobre o que foi comercializado no ano anterior.

De acordo com o gerente de pesquisa da IDC Wearable, Ramon T. Llamas, o mercado de tecnologia vestível está entrando em uma nova fase. Segundo o especialista, quando este mercado começou a dar os primeiros passos, ele interessava apenas para as pessoas mais interessadas em tecnologia e nas últimas novidades do setor, mas agora ele já está sendo adotado por outros perfis de usuários que começam a perceber o ganho que eles terão não apenas com o uso do hardware trazido pelos wearables, mas principalmente com o processamento das informações registradas por eles.

Um relatório da empresa Ericsson também projetou que a tecnologia 5G irá fazer com que a tecnologia vestível seja cada vez mais utilizada nos cuidados de saúde. A expectativa é que a venda das faixas de pulso diminua na medida em que outros dispositivos ganhem mais espaço. Este poderá ser o caso das roupas inteligentes, com a fabricação de baixo custo feita por diversas empresas da China e a expectativa alta do Projeto Jacquard feito em parceria entre o Google e a Levi’s.

Algumas tendências em tecnologia vestível

Entre os wearables mais populares deste mercado ainda em expansão, estão as faixas de pulso e os relógios inteligentes que, entre outras funcionalidades, monitoram os batimentos cardíacos, o nível de estresse de um funcionário no trabalho e a temperatura de um atleta ou de um trabalhador que atua em uma mina.

Além de servir a atletas e a pessoas que adotam com facilidade as últimas novidades tecnológicas do mercado, a tecnologia vestível também promete revolucionar o mercado de segurança do trabalho. Diversos fabricantes de EPIs (equipamentos de proteção individual) estão investindo cada vez mais em tecnologia para ajudar a ampliar o que o mercado conhece como segurança no ambiente de trabalho.

A expectativa é que em um futuro não muito distante as empresas adotem máscaras ou outros dispositivos inteligentes que vão gravar todas as informações do ambiente de trabalho e também registrar as condições do trabalhador. Estas informações, como todas as demais que são captadas pela tecnologia vestível, serão processadas e vão ajudar a evitar acidentes, problemas de saúde e melhorar processos de tomada de decisões.

Um relatório da IDTechEx apontou para 41 categorias de produtos que podem ser considerados como parte do segmento de tecnologia vestível. Faz parte deste grupo tanto relógios inteligentes quanto rastreadores de fitness, roupas e óculos inteligentes, entre outros.

Uma das mais importantes vitrines tecnológicas do mundo, a CES 2017 apresentou algumas novidades do setor e que servem de termômetro de algumas tendências em tecnologia vestível. Uma reportagem da Men’s Health apontou alguns dos wearables mais interessantes apresentados na CES 2017.

Faz parte da lista o Halo Sport, fone de ouvido que, se usado durante 20 minutos antes de uma atividade física, ajuda a aumentar as conexões neuromusculares e melhorar a coordenação motora e outras habilidades.

Outro destaque apontado pela publicação são os Fitbit Charge 2 e Flex 2. O primeiro tem um monitor de frequência cardíaca integrado, um guia de respiração relaxante e controles intuitivos. O segundo, ultraresistente à água, registra as principais informações de um atleta das piscinas – e que pratique também outros esportes.

Também chamou a atenção na CES 2017 o Withings Steel HR, um relógio inteligente de estilo clássico que tem um monitor de frequência cardíaca contínua e uma bateria que dura 25 dias sem exigir recarga. A interface analógica do relógio muda quando o usuário recebe notificações digitais para chamadas, textos e eventos de calendário.

A lista de novidades nesta área parece não ter fim, mas vale comentar mais um lançamento da CES 2017: a roupa da Under Armour que ajuda os atletas a se recuperarem durante o sono.

A Athlete Recovery Sleepwear é uma coleção de roupas revestida com tecido biocerâmico que retorna o calor do corpo humano utilizando o mesmo princípio das terapias que utilizam o infravermelho para ajudar, com isso, no fluxo sanguíneo e na recuperação muscular. Estas são apenas algumas das tendências deste segmento com projeção de crescimento contínuo para os próximos anos.

http://www.audaces.com/tendencias-o-que-e-tecnologia-vestivel/

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