Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Teoria do Redondo e Quadrado: consumo e aproveitamento no corte do tecido


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A figura abaixo apresenta o mapa de corte propostos para a confecção de toalhas quadradas e porta copos – que resultou em consumo de 1,87m e aproveitamento de 95,31% do tecido.

Arquivo pessoal/Denis Fraga


Nesta outra figura aparece o mapa de corte para atender o pedido de confecção de toalhas e porta copos redondos – que resultou em consumo de 1,60m e aproveitamento de 87,49% do tecido.

Arquivo pessoal/Denis Fraga


Ao analisar as duas figuras podemos perceber que o aproveitamento da primeira figura continua superior ao da segunda, mas o interessante é que - mesmo tendo um aproveitamento pior - a segunda figura tem um melhor consumo e um melhor custo, já que no mapa de corte do primeiro pedido é possível perceber um aumento no custo da peça.

O custo da matéria-prima do pedido de toalhas e porta copos quadrados é de R$ 18,70. Em contrapartida, o valor da matéria-prima do pedido de toalhas e porta copos redondos ficou em R$ 16,00 para cada jogo.

A analise que faço é que não devemos nos preocupar com o aproveitamento e, sim, com o consumo: ele que vai direcionar o custo do produto. O desperdício, a meu ver, faz parte do processo e está embutido no custo da peça. A verdadeira matemática deve estar focada em melhorar o consumo - mesmo que, para isso, sejamos obrigados a piorar nosso aproveitamento em detrimento do custo.

Se tenho lacunas no mapa, ou se posso reduzir na dimensão de uma peça para criar estas lacunas, terei a possibilidade de cortar mais peças. Devemos aproveitar esta oportunidade, pois ela tem impacto positivo no custo do produto. Se mapa de corte já está todo tomado, não existirá alternativa, a não ser comprar mais tecido.

Na confecção em escala industrial cortar uma só peça é sempre prejuízo - no consumo, no corte e na produção. A não ser que o produto final tenha um valor percebido pelo mercado que supere a despesa no corte, consumo e confecção do produto. O ideal é gerar mapas de corte maiores e encaixar o maior número possível de modelos.

Mas preciso salientar que esta teoria ou metodologia depende muito do bom senso do modelista e do cortador.

Por Dênis Fraga
Professor de Tecnologia em Design de Moda no Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais

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