Têxteis e Vestuário - Um Setor Tamanho GGG

[Textile Industry]

Integrantes do quarto maior parque têxtil do mundo, as empresas brasileiras do segmento atraem a atenção da mídia

Em novembro do ano passado, a celebrada jornalista inglesa Suzy Menkes esteve em São Paulo como mestre de cerimônias do Hot Luxury, um fórum sobre os rumos da indústria da moda e de acessórios de luxo que é organizado desde 2001, a cada ano em um diferente país, pelo jornal International Herald Tribune. Suzy, há 24 anos editora de moda no IHT, veio falar sobre o negócio de artigos de luxo, não necessariamente do setor têxtil. Mas as considerações que fez sobre a energia e criatividade dos estilistas brasileiros nos deram uma mostra da pujança que esse setor demonstra hoje para o resto do mundo:

“Fico surpresa de que os países que hoje têm seus olhos voltados para a Ásia, especialmente a China, não olhem também para o hemisfério sul; os países latino-americanos, em especial o Brasil, têm uma história sólida de bom gosto e competência produtiva e os brasileiros, em particular, sabem tanto o que é uma moda de luxo, quanto fazer negócios”. Suzy continua: “Além disso, os consumidores brasileiros são mais sofisticados e conhecem melhor as tendências mundiais do que os asiáticos”.

Apesar de 2011 ter sido considerado “o pior nos últimos dez anos para o setor”, segundo afirma Aguinaldo Diniz Filho no site da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, da qual é presidente, a indústria têxtil tem um enorme peso na economia nacional e é um player de grande estatura no mercado mundial. A concorrência, principalmente com os produtos chineses, vem segurando o crescimento do segmento, embora os números tenham melhorado este ano. Mesmo com problemas, o faturamento da cadeia têxtil e de confecção foi de US$ 67 bilhões, no ano passado, um montante maior do que o Produto Interno Bruto do Uruguai.

Mesmo assim, somos uma potência na área têxtil. O Brasil é hoje o quarto maior parque produtivo têxtil do mundo, segundo maior produtor de denim e possui mais de uma centena de escolas e faculdades da moda. É o único país do Ocidente a ter a cadeia têxtil completa – da plantação de algodão, passando pela industrialização, até o desfile na passarela. Emprega diretamente 1,8 milhão de pessoas em 30 mil empresas que anualmente fabricam 9,8 bilhões de peças.

Se as centenas de revistas e editorias de moda do país já cobriam com eficiência o setor pela sua vertente estética, os profissionais especializados que acompanham o setor têm enchido os seus olhos com o desfile dos números do business. “Atualmente há uma maior especialização dos jornalistas voltada à cobertura do varejo de moda como um negócio e, como consequência, o mercado está sendo melhor entendido”, diz a assessoria de imprensa da C&A. “Os principais veículos do país têm sido agentes extremamente importantes para estimular a evolução do relacionamento do varejo com os diferentes públicos.”

C&A alia o faturamento com a chamada moda de massa com parcerias com renomados estilistas

A C&A acompanha a tendência mundial de oferecer uma moda aspiracional a preços acessíveis. Dessa maneira a empresa, mesmo tendo importante fatia do seu faturamento proporcionado pela moda de massa, passa a ser percebida como uma grife que está em sintonia com o mundo fashion ao oferecer coleções em parceria com estilistas e personalidades famosas. “Já lançamos mais de 16 coleções em parceria com Stella McCartney, a top model Gisele Bündchen, a estilista Andrea Marques; além da coleção Plus Size, assinada por Preta Gil.”

A organização relaciona-se com a mídia por meio de duas agências externas. A MKT Mix encarrega-se com o relacionamento direto com a imprensa, enquanto a RP1 é responsável pelo atendimento institucional. “Com isso garante-se agilidade e foco no contato com os jornalistas.”

Fonte:|http://portaldacomunicacao.uol.com.br/graficas-livros/60/artigo2746...

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