Motivos para festejar podem não ser muitos na conjuntura de recessão atual, mas o único salão dedicado à indústria do têxtil e vestuário em Portugal, o Modtissimo, abre as portas amanhã, no Porto, em clima de festa, para lembrar que o setor resistiu mais 20 anos.
A análise do que mudou nestas duas décadas não é animadora. O setor perdeu metade das empresas- de 15 mil, em 1995, passou para cerca de sete mil - e metade do emprego que assegurava - em 1993 empregava mais de 300 mil pessoas e em 2010, 150 mil.E exporta praticamente o mesmo valor que há duas décadas. No entanto, continua a ter uma palavra a dizer na economia do país, representando, em 2010, 10% do total das exportações, e tendo aumentado, em 2011, as exportações em 8,4%.
Por este motivo, o diretor-geral da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), Paulo Vaz, acredita que as previsões de redução de encomendas em 2012, que terá levado algumas empresas a parar a produção são “exageradas e especulativas”.
“Os indicadores apontam para uma desaceleração da atividade devido à retração económica e às alterações climatéricas”, que no último trimestre do ano passado já prejudicou as empresas, mas “é prematuro falar de falta de encomendas e produção”, refere.
O diretor-geral da ATP lembra que a “adaptação aos climas económicos, como a paragem de produção, é normal. O ajustamento é feito para quando houver necessidade de aumentar a produção”.
Adaptação e ajustamento são também as palavras de ordem que fizeram do Modtissimo a única feira do setor a nível nacional, e que surgiu precisamente numa fase de reajustamento desta indústria e como consequência do fecho, em 1992, do Gabinete Portex, que organizava as feiras do setor, quando o mercado estava a mudar e os compradores internacionais olhavam para os países asiáticos.
Fonte:|http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=23...
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