Trabalhadores da empresa têxtil Buettner entram em greve

[Romildo de Paula Leite]

Era 5 horas desta segunda-feira (14), quando funcionários do setor produtivo do primeiro turno da empresa têxtil Buettner entraram em greve. O motivo da paralização seria o atraso contínuo nas folhas de pagamentos.

De acordo com o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação, Malharia e Assemelhados de Brusque (Sintrafite), Anibal Boettger, cerca de 70% do setor aderiu à greve, totalizando 130 trabalhadores.

Ainda conforme o presidente, diante da atual situação enfrentada pelos trabalhadores, o sindicato convocou uma assembleia para definir a situação junto aos trabalhadores a empresa Buettner se antecipou dizendo que a partir do salário de fevereiro seria pago 100% em 11 de março, já antecipando que o salário do mês de março seria 100% pago no dia 8 de abril. Diante destas datas, os trabalhadores organizaram um calendário para os meses subsequentes e a empresa foi comunicada da concordância dos trabalhadores com as datas citadas e assumidas pela direção da empresa.

“Para nossa surpresa, a empresa comunicou na semana passada que só iria pagar em torno de 40% no dia 11 e não teria caixa para pagar 100%.”, lamenta Anibal.

Ocorrendo o depósito dos 78% restantes do salário do mês de fevereiro todos os trabalhadores e trabalhadores voltam às suas atividades normais.

Conforme Anibal, no período da tarde houve uma adesão superior ao primeiro turno. O Presidente informou à reportagem que a empresa entrou em contato, através da diretoria financeira, com o sindicato. Conforme Boettger, a empresa está em busca de recursos para o quanto antes resolver a situação.

http://www.diplomatafm.com.br/portal/economia/detalhes.php?id=7094

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[José Mauro Feliciano]

Bom dia a todos !! Com este governo e os representantes que temos no setor textil, infelizmente
já ficou curriqueiro tais acontecimentos, e de antemão sabemos o fim desta triste história de realidade que afeta todos nós e nossos familiares, falência e fechamentos de indústrias tradicionais do ramo. Sou téc.textil a mais de 20 anos na região de Americana e é com muita tristeza e pesar que recebo estas notícias, temos senadores e deputados (Sardelli e os Macris/pai/filho) aqui na região e não servem para defender-nos e ajudar o no nosso setor.
Abraço à todos

[Hilario Aleixo Munhoz]

De acordo com os acontecimentos de 16 de março, aproveito essa oportunidade para me manifestar sobre a liderança da FIESP.

Por várias vezes questionei a posição dessa liderança.

Porém , nesse momento, quero manifestar meu reconhecimento positivo mediante a manifestação pública feita pela FIESP se posicionando contra a posição e atos praticados pelo atual governo brasileiro.

Continuo ainda com a divergência a respeito do aparelhamento político das instituições de classes, e ao modo que os interesses das classes de empresários e trabalhadores são suplantados pelos interesses políticos particulares.

Mas nesse momento, coloco de lado minhas divergências a esse respeito, e apoio a manifestação da FIESP, reconhecendo seu valor e seu papel nesse momento delicado em defesa dos interesses nacionais.