Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Trabalhadores Fazem Protesto Contra Demissões na Coteminas

O Sindicato dos Trabalhadores de Fiação e Tecelagem do Rio Grande do Norte (Sindtêxtil-RN) vai promover e apoiar uma paralisação dos trabalhadores por  uma hora na entrada da fabrica da Coteminas, na rua Tomaz Landim, em Igapó, para protestar contra as 400 demissões que afirma terem ocorrido desde agosto na empresa. O protesto será realizado às 5h30 da manhã, horário em que os empregados começam a chegar na unidade.

Presidente do Sindtêxtil, José Nogueira Filho, disse que "a manifestação de advertência" tem a finalidade de pressionar a direção da companhia a se reunir com o Sindicato, que até hoje não tem obtido explicações sobre as demissões ocorridas na fábrica.

ana silvaO Sinditêxtil, sindicato que representa a categoria, diz que, desde agosto, houve 400 demissões na fábricaO Sinditêxtil, sindicato que representa a categoria, diz que, desde agosto, houve 400 demissões na fábrica

Nogueira Filho disse que o Sindtêxtil tentou falar com o sindicato patronal, o qual também é presidido pelo diretor da Coteminas, João Lima, mas até agora não o conseguiu.

"A gente não sabe o que está acontecendo", reforçou o vice-presidente do Sindtêxtil, José dos Anjos Paixão, que falou sobre a cobrança de explicações por parte  dos trabalhadores que estão sendo demitidos.

A TRIBUNA DO NORTE tentou falar com o diretor da Coteminas, João Lima, mas ele declarou que não ia falar sobre o assunto porque não foi procurado pelo Sindtêxtil.

Lima afirmou que "não estava sabendo de nada" a respeito dessa paralisação e que a primeira informação vinha do próprio jornal. "É um assunto totalmente descabido", chegou a afirmar ele, que não quis falar por telefone. Entrevista, só pessoalmente.

Conforme mostrou reportagem da TRIBUNA DO NORTE em 25 de agosto, o setor têxtil e de confecções foi, dentro da indústria de transformação, o que mais demitiu este ano, no Rio Grande do Norte. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, entre janeiro e julho foram contratados 3.608 trabalhadores com carteira assinada para o setor, mas o volume de demissões foi maior: chegou a 5.625, deixando um saldo negativo de -2.017 vagas para as atividades.

Os "cortes" atingiram principalmente os trabalhadores que ocupavam funções de costureiros a máquina, na confecção em série. No levantamento também aparecem entre as funções que tiveram dispensa: Operador de máquinas de lavar fios e tecidos, técnico de planejamento de produção, operador de bobinadeira, inspetor de qualidade, faxineiro, mecânico de manutenção de máquinas, encarregado de costura na confecção do vestuário, apontador

de produção, modelista de roupas, estampador de tecido, tecelões, operador de empilhadeira, mecânico de manutenção de máquinas têxteis, operador de máquinas fixas e operador de filatório. Os dados englobam todo o setor e não mostram de que empresas partiram as demissões.

Na época,como presidente do Sindicato da Indústria Têxtil do RN, João Lima disse que o setor passava por uma crise, mas em proporção menor que a enfrentada pelo setor de confecções, que está na ponta da cadeia. No caso da indústria têxtil, ele observou que as dificuldades eram reflexo da crise financeira no exterior. Na  ocasião, ele preferiu não se manifestar sobre a Coteminas.

Fonte:|http://tribunadonorte.com.br/noticia/trabalhadores-fazem-protesto-c...

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