Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Resultado de imagem para imagens de vestuarios

Várias grandes marcas da indústria do vestuário têm vindo a reagir às alegações que as envolvem relativamente ao aprovisionamento de produtos de algodão em Xinjiang, uma área da China acusada de violar os direitos humanos.

De acordo com uma investigação do Wall Street Journal, entre as envolvidas estão a H&M, Esprit, Adidas e Uniqlo. Em outubro, foi publicado um relatório do Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla original) que indica que Xinjiang produziu 84% do algodão chinês em 2018, produção esta que tem vindo a aumentar com a ajuda de subsídios estatais.

A China exporta menos de 1% do seu algodão, já que a vasta maioria é consumida a nível interno, nomeadamente na produção de vestuário e têxteis – efetivamente, 43% das exportações de Xinjiang englobam vestuário, calçado ou têxteis. Do outro lado da balança comercial, pesam os EUA e a União Europeia, que importam grandes quantidades de vestuário da China.

Um porta-voz da H&M esclarece que o grupo «proíbe estritamente» o trabalho forçado ou ilegal na sua cadeia de aprovisionamento, garantindo que não retira partido da produção de Xinjiang. «Temos processos de diligência em atividade que visam identificar e abordar quaisquer riscos de trabalho forçado e tomamos sempre medidas quando recebemos informação que assim o evidencia.

Contudo, devido às complexidades de detetar e prevenir o trabalho forçado numa cadeia de aprovisionamento global complexa, acreditamos que a colaboração e a partilha de informação entre os fornecedores, ONGs e outros stakeholders é a melhor forma de avaliar problemas e coletivamente resolvê-los», continua o porta-voz. Também a Adidas se pronuncia relativamente a este assunto, assumindo que proíbe o recurso a qualquer tipo de trabalho forçado ao longo de toda a sua cadeia de aprovisionamento e reforçando que não tem relação contratual direta com os fornecedores de Xinjiang. «Embora não tenhamos uma relação contratual com a Huafu Fashion Co., ou qualquer vantagem direta com as suas entidades de negócios ou subsidiárias, estamos atualmente a investigar estas alegações.

Os nossos fornecedores diretos são também obrigados a impor os nossos standards aos seus subcontratados», salienta um porta-voz da Adidas. Também a Esprit afirma já ter realizado diversas investigações quando as alegações vieram a público, durante as quais concluíram que «uma parcela muito reduzida de algodão da fábrica Huafu em Xinjiang era utilizada para um número imitado de peças da Esprit», revela um porta-voz da empresa, que, entretanto, já exigiu aos seus fornecedores que abandonassem esta fonte. «Desde que soubemos das alegações, a Esprit relembrou os seus fornecedores que o uso de trabalho forçado é estritamente proibido sob o Código de Conduta do Fornecedor da Esprit», acrescenta.

https://www.portugaltextil.com/breves-804/4/

Para participar de nossa Rede Têxtil e do Vestuário - CLIQUE AQUI

Exibições: 589

Responder esta

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço