Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Trimestre Fraco Fecha “Ano Perdido” para a Hering, diz Credit Suisse

O  Credit Suisse classificou 2012 como um “ano perdido” para a Hering. Ontem, a varejista têxtil anunciou que as vendas das lojas abertas há mais de um ano caíram 0,2% no quarto trimestre, frustrando as expectativas do banco, que apontavam uma alta de 4,8% para o indicador.

Esse foi o terceiro trimestre de desempenho decepcionante das chamadas vendas “mesmas lojas”: no segundo trimestre, houve queda de 3,9%, e no terceiro trimestre, alta de apenas 1%. Há pouco, as ações da Hering eram negociadas em baixa de 11,12%, para  R$ 38,70.

Em relatório, a equipe do Credit Suisse ressalta que, há quarto trimestres a Hering tem apresentado um desempenho muito mais fraco que suas concorrentes listadas em bolsa, Marisa e Lojas Renner. “As indicações preliminares das direções destas empresas apontam para um crescimento de dois dígitos nas vendas mesmas lojas no quarto trimestre”, ressaltam os analistas.

O Credit tem recomendação neutra para as ações da Hering, com preço-alvo em 12 meses estimado em R$ 43,40.

Novas lojas

Para o Itaú BBA, o potencial de abertura de novas lojas deve sustentar o crescimento da Hering no médio prazo. “O estudo do potencial de novas lojas reforça a nossa convicção de que o ciclo dos formatos baseados em franquias é duradouro e que as melhoras serão observadas de maneira bastante lenta ao longo do ano”, afirmou a analista Juliana Rozenbaum, em relatório.

De acordo com ela, as vendas “mesmas lojas”, que incluem estabelecimentos há pelo menos um ano, decepcionaram, com queda de 0,2%, ante estimativa de alta de 5%. O recuo, segundo a companhia, ocorreu em virtude da combinação de demanda moderada e disponibilidade limitada de produtos, pois a  produção não foi suficiente para suprir as vendas de Natal.

Apesar disso, afirma o Itaú BBA, o aumento da receita bruta no quarto trimestre foi de 10,7%, levemente abaixo do que apontava o consenso de mercado. O indicador apresentou melhora em relação ao terceiro trimestre, quando a alta foi de apenas 1%, sinalizando que a estratégia de abrir novas lojas tem garantido o faturamento da companhia.

“Reiteramos nossa tese de que o modelo de negócios de franquias da Hering continua intacto (embora possa precisar de ajustes), porém estamos totalmente confiantes na capacidade da companhia de continuar a aumentar o número de lojas de maneira vantajosa”, disseram os analistas do banco.

No relatório de ontem, a Hering divulgou também o novo estudo de potencial de abertura de lojas, que passou de 604 para 796 lojas. O maior potencial estaria em cidades de médio porte, com menos de 500 mil habitantes, na região Sudeste. Em 2013, a companhia pretende abrir 77 lojas Hering, totalizando 592 unidades.

(Natalia Viri | Valor)

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