Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Não. Não se trata de mais um golpe da Direita, nem de mais um furto da Esquerda. Mas o palco continua sendo Brasília. Logo atrás da famosa torre, em que se avista toda a capital federal, uma loja do circuito de artesanato comercializa roupas de algodão convencional e de acessórios de poliuretano, os quais se denominam equivocada e propositalmente de “ecológicos”.

Ao perguntar a vendedora que tipo de algodão que era, a resposta foi um dar de ombros e dizer:

- É tudo malha fria.

Ou seja, falta de esclarecimento dela sobre tipo tecido com tipo de fibra. Tudo bem. A etiqueta de composição não informava que fosse orgânico nem que fosse reciclado.

Não obstante a falcatrua do algodão, as etiquetas informativas (tags) dos acessórios diziam que o produto era feito de couro ecológico 100% poliuretano. Errado.

Pra começar, não existe o termo “couro ecológico”. Em segundo lugar, o Aécio. Brincadeira! Em segundo lugar, laminado de poliuretano é plástico mesmo. Não é ecológico nem é vegano (porque já faz uns anos que está na moda anunciar que qualquer coisa sem uso de animal tem rótulo de vegano). Simplesmente é polímero vindo da extração de petróleo, desprovido de qualquer vínculo – por essência – a questão do meio ambiente e da vida animal. Isto é, qualquer rótulo em favor do PU é uma questão comunicacional. E por Lei, no Brasil, é inapropriado dizer que laminado é couro.

A marca ainda se diz artesanal. Bem, como sabemos e vemos, são camisetas feitas em máquina de costura como qualquer outra camiseta. E as máquinas de costura, assim como os artefatos de silkscreen e máquinas de estamparia, não são robotizadas e precisam sim da mão de um trabalhador.

Não se pode afirmar que as estampas sejam cópias de vetores da internet, mas a essa altura do campeonato, quem duvidaria? Em todo caso, estampas que reforçam a identidade local, a cidade de Brasília e o cerrado.

Os preços das camisetas variam de R$28, para tamanhos P, M, G, até R$89, que é um tamanho extra plus size. Talvez aqui sim resida algum mérito para a marca Tupinikym: ela é democrática com os corpos, produzindo para todos os tamanhos (o que é muito raro na moda). No mais, tudo é comunicação verde sem necessariamente ser.

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COLOCAM ISTO COM NOME E TUDO PORQUE E UMA EMPRESA PEQUENA (NAO ESTOU DIZENDO QUE E CORRETO), POREM NINGUEM FALA DA COCA COLA CLOTHING QUE VENDE ROUPA DE PET QUE ELA MESMA ENVENNA O MEIO AMBIENTE E ESTA LA COMO ECOLOGICA, SUSTENTAVEL E ISTO E SO PRA COMEÇAR NO RIO DE JANEIRO ESTA CHEIO DE GREENWASHING NINGUEM DIZ NADA  OS DONOS SAO PODEROSOS, MAS TEM DELES LA QUE JA VIERAM AQUI NA PARAIBA, MANDARAM PLANTAR ALGODAO COLORIDO E NA HORA DA COLHEITA SUMIRAM, MAS ESTE MESMO EMPRESARIO FAZ PALESTRA SOBRE A MARCA DELE SUSTENTAVEL E POR AI VAI

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