E quais têm sido os efeitos da crise no varejo de vestuário? Inúmeras. A queda no volume de vendas tem feito os varejistas recorrem a esforços promocionais para atrair o consumidor. Ao reduzir os preços, a margem encolhe. Paralelamente, devido à inflação, os custos operacionais, reajustes salariais e de contratos com fornecedores corroem ainda mais o lucro. Outro problema é a concorrência desleal causada pelo mercado informal. Parte dos profissionais que foram demitidos e não conseguiram recolocação no mercado de trabalho estão migrando, por necessidade, para a informalidade. “Nos grandes centros urbanos é visível o aumento de camelôs, sacoleiros e vendedores ambulantes”, diz afirma Edmundo Lima, diretor executivo da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex). No início de junho, por exemplo, a Receita Federal apreendeu 210 toneladas de produtos falsificados no bairro do Brás, um dos maiores polos de varejo popular de São Paulo. De acordo com estimativas da Receita, o valor dos produtos chegaria a R$ 70.000 milhões. O RETORNO DA ESPERANÇA No entanto, o período requer alguns cuidados. Ao lançar uma nova coleção, é importante que as peças não tenham apelo de moda muito marcante. “O consumidor está comprando menos e com menor frequência”, diz Lima. “Então, ele deseja roupas que sejam duráveis, tanto na qualidade quanto no estilo, para que ele possa usar em diferentes ocasiões, como lazer e trabalho”. Há também uma recente migração de consumidores para marcas e lojas de categorias inferiores as que estavam acostumados. Por exemplo, clientes de alta renda, que faziam compras fora do país e frequentavam lojas de luxo, estão aos poucos experimentando lojas focadas em atender a classe média. “O importante é surpreender positivamente esse novo cliente com uma experiência de compra que gere fidelização”, afirma Lima. http://www.dcomercio.com.br/categoria/negocios/consumidor_sem_medo_... |
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Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI
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