Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Não existem mais dúvidas de que há um novo pensamento reinando nas mais jovens cabeças pensantes. Rola por aí um sentimento de cortar excessos consumistas, ser responsável por tudo que se produz e se descarta, ter uma percepção global da destruição que os resíduos poluentes podem causar ao planeta.

unsplash.jpg

Através deste viés de preservação e consciência coletiva, podemos afirmar que existe um design de moda mais minimalista e versátil, que aproveita as mesmas peças de roupas de uma maneira inteligente e criativa. São diversos os modos que estão aparecendo e nos mostrando que podemos realizar coisas incríveis com muito menos exageros ou opulência.

Como a indústria da moda é conhecida como uma das mais perdulárias em atividade. Há de se rever toda a cadeia produtiva e cortar os luxos. Pode ser uma ideia inimaginável para grandes produtores, mas não para os pequenos. E é através deles que este sistema pode ser reinventado. Com um pensamento de comunidade, de sustentabilidade e de simplicidade, buscando subsídios possíveis para que todos os envolvidos possam usufruir da mesma cadeia produtiva. Não estamos falando de uma comunidade hippie (nada contra!), mas um sistema mais sofisticado, com design pesquisado e não só uma coisa meramente rústica.

Exemplificando alguns destes propósitos, existe um modelo brasileiro (para não ir muito além!) que pode servir de motivação, de que existe uma luz no fim do túnel. O coletivo Malha, vem desenvolvendo um trabalho nesse sentido. "Malha* é uma plataforma para o ecossistema da moda que conecta criadores, empreendedores, produtores, fornecedores e consumidores pela construção de uma moda sustentável, colaborativa, local e independente. Para isso provemos os meios de produção e estimulamos a troca e criação de conhecimento. Um espaço de coworking e de cosewing, uma comunidade, uma escola e um laboratório de experimentação".

Com o pensamento no futuro e na responsabilidade social que cada indivíduo gera para si e para os outros, a representação prática desta teoria é um grande passo para haver uma real mudança de comportamento. Passar a realidade para o consumidor final, mostrando que todos somos, de fato, responsáveis pelo próprio consumo, que podemos escolher o caminho certo a ser seguido e que está na nossa mão o poder de modificar o que pode acontecer através das opções que fazemos diariamente.

Outro exemplo, muito interessante, vem de designers de fora. O consumidor final já tem a chance de decidir por um estilo mais minimalista consumindo uma moda multifuncional; conversível, reversível e transformável. Já tinha ouvido falar nestes conceitos? O princípio é basicamente o mesmo, uma moda mais durável e atemporal, usando uma mesma peça de roupa de diversas maneiras, mas existem algumas particularidades.

paris_london_milan_newyork_ad-min.jpg

A moda conversível usa a mesma peça, como uma blusa com alças que pode ser reconfigurada, dependendo da modelagem, e ser transformada em uma bolsa ou vestido, por exemplo. Já nas roupas reversíveis, a peça pode ser usada dos dois lados, as superfícies são diferentes e não possuem etiquetas ou costuras visíveis. E a moda transformável é a que investe no minimalismo, em peças básicas e simples, que mudam facilmente a sua modelagem.

3e107be125b1e94bd3ecc3c39c49d3c3-min.jpg

Ou seja, o princípio é consumir menos, sem excessos. Reduzir, reutilizar, reciclar. Tempos difíceis nos mostram que apostar na criatividade humana, no valor da nossa essência, no que o homem pode realizar de positivo é o que importa. Quebrar velhos padrões e estabelecer o novo, através de um design de moda criativo, inteligente e multifuncional.

*Conceito extraído do site: www.malha.cc

 

LUCIANA KUCHIKI VILAR


© obvious: http://obviousmag.org/rg_proprio/2017/uma-moda-mais-consciente-por-... 
Follow us: @obvious on Twitter | obviousmagazine on Facebook

 

Para participar de nossa Rede Têxtil e do Vestuário - CLIQUE AQUI

 

Exibições: 536

Responder esta

Respostas a este tópico

  Ou seja, o princípio é consumir menos, sem excessos. Reduzir, reutilizar, reciclar. Tempos difíceis nos mostram que apostar na criatividade humana, no valor da nossa essência.

Responder à discussão

RSS

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço