A retalhista Edinburgh Woollen Mill está a refutar as acusações de que os salários pagos a alguns dos trabalhadores norte-coreanos que produzem o seu vestuário na Mongólia são entregues ao governo da Coreia do Norte, sublinhando o seu empenho na responsabilidade corporativa dentro e fora do Reino Unido
De acordo com um documentário do programa Newsnight, da BBC, transmitido há pouco tempo, as camisolas de caxemira vendidas pela retalhista Edinburgh Woollen Mill (EWM) sob a marca James Pringle estão etiquetadas como “Designed in Scotland”, apesar de serem produzidas numa fábrica da Eermel na Mongólia, onde 80 dos funcionários são norte-coreanos.
O programa levantou igualmente questões sobre se os salários pagos aos trabalhadores são pagos na totalidade ou em parte ao governo da Coreia do Norte.
Num comunicado enviado ao just-style.com, a Edinburgh Woollen Mill afirma que as alegações são sensacionalistas, «injustas, desequilibradas e pouco representativas da verdade completa». E sublinha que está empenhada nas suas responsabilidades corporativas no Reino Unido e no estrangeiro.
A retalhista é uma das maiores cadeias da high street no Reino Unido, com mais de 300 lojas que vendem vestuário para homem e senhora. Para os seus produtos de caxemira usa caxemira comprada e fiada na Mongólia e trabalha com a Eermel há cinco anos.
A retalhista sublinha que não só esta relação criou um mercado para os produtores de caxemira mas também deu emprego tanto a mongóis como a norte-coreanos, que trabalham na empresa e constituem cerca de 10% da sua força de trabalho.
«Acreditamos que toda a gente envolvida neste projecto beneficiou», explica o comunicado. «A fábrica e a força de trabalho beneficiou do input e dos conhecimentos da Escócia e não temos qualquer dúvida de que melhorou a vida dos locais», acrescenta.
Em resposta às acusações de que os salários dos trabalhadores estrangeiros ajudam a alimentar o regime na Coreia do Norte, a EWH indica que os trabalhadores são livres de deixar a empresa e todo o seu salário é pago em contas bancárias pessoais abertas no Banco Estatal da Mongólia.
«Sabemos que têm cartões de débito e gastam livremente a partir das suas contas bancárias. Há uma dedução de impostos de 10% da Mongólia, que é a única dedução feita», acrescenta.
«Avisámos a BBC de que os donos da empresa nos deram provas das contas individuais dos trabalhadores da Coreia do Norte e da confirmação de que os salários são pagos pela empresa nessas contas do Banco Estatal da Mongólia e não de alguma forma para o governo da Coreia do Norte».
O comunicado revela também que o dono da empresa negou categoricamente a realização de qualquer pagamento ao governo norte-coreano ou a alguma agência a ele ligado.
No que respeita à etiqueta dos produtos, descrever as peças de vestuário feitas na Mongólia como “Designed in Scotland” é factualmente correcto, afirma a Edinburgh Woolen Mill.
«O vestuário é desenhado pela nossa equipa na nossa sede em Scottish Borders. As fábricas que trabalham connosco recebem os desenhos e especificações técnicas, de cor e de qualidade das nossas equipas na Escócia, para que seja possível produzir uma peça de qualidade pela fábrica na Mongólia e fornecê-la aos nossos clientes a um bom preço», conclui o comunicado.
Fonte:http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/40134/xmview/...
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