Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Varejo de moda apostou em estoque mais baixo para o fim de ano em função da crise, revelam especialistas

Uma abordagem conservadora na reposição de estoques pode fazer com que lojistas não tenham roupas suficientes para atender aos consumidores neste Natal. É essa a avaliação do diretor do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi), Marcelo Prado. Durante coletiva de imprensa realizada pela Associação Brasileira de Indústria Têxtil (Abit), ele contou que o setor vem diminuindo as compras dos fornecedores, mas ressaltou que a demanda pode ficar acima do que se espera neste fim de ano.

"O receio de um novo ambiente de crise faz aumentar o desabastecimento", explicou ele, que estima que o ano de 2019 comece com as varejistas mais dispostas a elevarem estoques.


Natal: vendas podem superar as expectativas dos varejistas - Shutterstock

Em entrevista ao Fashion Network, o presidente da Abit, Fernando Pimentel, afirmou que acredita num Natal mais favorável. Para ele, um ou outro item pode ter desfalque, mas nada que cause grandes transtornos para o consumidor:
 
"Tanto os que vendem quanto os que produzem não podem errar na mão, pois o capital de giro está escasso. as empresas vêm de uma recessão muito dura em 2015 e 2016. Em 2017, tivemos uma melhora, mas 2018 não correspondeu às expectativas.Tendo em vista os resultados obtidos ao longo deste, não houve um ímpeto, um ânimo muito grande de formação de estoques porque a pior mercadoria é aquela que não vende. Passado o período eleitoral, pode haver um ânimo diferente para o fim de ano". 

A projeção do Iemi é de crescimento de 1,8% nas vendas em volume no varejo de moda brasileiro em 2018, um resultado positivo, mas bem aquém se comparado aos 8,1% de expansão em 2017. Isso se deu por conta da instabilidade do cenário nacional e da redução da confiança dos consumidores, aponta o estudo. Ainda assim, a projeção de 1,8% depende de o setor ganhar fôlego no fim do ano, já que as vendas no primeiro semestre foram muito prejudicadas, em parte pela greve dos caminhoneiros.


Marcelo Prado e Fernando Pimentel - Divulgação

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