Representantes da indústria têxtil e de confecções solicitam ao Governo Federal medidas que desoneram a produção, o chamado "Simples da Confecção". Para a Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex), que representa as grandes redes de varejo de vestuário do país, o clamor da indústria é bastante oportuno, visto que a alta carga tributária brasileira tira a competitividade do setor, dificulta os investimentos e, conseqüentemente, prejudica o seu crescimento.
A carga tributária média do setor em impostos federais é de 18% sobre a receita bruta. Se a taxa ficasse entre 5% e 10%, de acordo com a indústria, o setor poderia crescer 69% até 2025 - o que resultaria em 33% de aumento nas vagas de trabalho em confecções no período (geração de 300 mil empregos).
A desoneração tributária, de acordo com as estimativas acima citadas, proporcionaria grandes chances de consolidação de empresas e crescimento produtivo da indústria, que poderia investir na modernização do parque fabril da indústria de confecção, na capacitação das empresas (gestão e mão-de-obra), na qualidade final dos produtos, na introdução de matérias-primas e produtos diferenciados, que atenderiam a atual demanda dos consumidores brasileiros.
Paralelamente ao pleito de medidas de revisão tributária, setores da indústria insistem em pressionar o governo para a abertura de processo para adoção de salvaguardas para o setor de vestuário, ação injustificada, na visão da Abvtex, diante das dificuldades da indústria brasileira em atender integralmente o aumento de consumo e as necessidades do varejo brasileiro, que busca satisfazer um consumidor cada vez mais exigente quanto à qualidade, preço e em sintonia com as grandes tendências internacionais de moda.
A Abvtex enfatiza que um mercado fechado às importações gera acomodação dos empresários frente à falta de concorrência internacional e diminuem o investimento, aumentando a ineficiência nas indústrias, diminuindo a escala produtiva e ampliando o custo do produto nacional. É sabido que o preço do vestuário no Brasil é um dos mais caros do mundo e isto vem incentivando a "exportação" de consumidores brasileiros.
Em 2012, o gasto de brasileiros no exterior fechou em US$ 22,2 bilhões, segundo o Banco Central. Grande parte desses recursos, como ocorre tradicionalmente, foi utilizada na compra de artigos de vestuário, que apresentam bons preços e qualidade muitas vezes superior à encontrada no Brasil.
Em nota, a Abvtex diz que "espera que o momento pelo qual a indústria têxtil e de vestuário brasileira passam, com perspectivas de crescimento de 2% em peças e de 5% em valores para 2013, seja complementado por um pacote de medidas que favoreçam ainda mais a produção nacional, envolvendo toda a cadeia, da matéria-prima ao consumidor final."
Fonte:|http://www.monitormercantil.com.br/index.php?pagina=Noticias&No...
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