Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Setor deve movimentar 160,5 bilhões de reais neste ano; comercialização de roupas em hipermercados aumentou 35,5% de 2007 a 2012

Consumidoras no Barra Shopping Sul, Rio Grande do Sul

Consumidoras no Barra Shopping Sul, Rio Grande do Sul (Wesley Santos/Folhapress )

O varejo de vestuário deve movimentar 160,5 bilhões de reais neste ano, o que significa uma expansão de 7% em relação ao ano passado, aponta estudo realizado pelo Iemi Inteligência de Mercado em parceria com a Associação Brasileira do Varejo (ABVTEX). Em volume de peças vendidas, o estudo prevê um acréscimo de 3,4% na comparação com o ano anterior.

Segundo Marcelo Prado, diretor do Iemi, a maior parte dessa expansão deve ser notada no segundo semestre, já que os primeiros seis meses de 2012 foram fracos, especialmente em função das altas temperaturas que impactaram as vendas da coleção outono/inverno.

De acordo com Prado, na primeira metade do ano, o varejo de vestuário cresceu cerca de 1% sobre o mesmo período de 2011 devido à alta base de comparação e ao cenário desafiador neste começo de ano. "O impacto do segundo semestre deve ser melhor porque no ano passado, neste período, o setor, assim como a economia em geral, sofreu desaceleração", disse.

De acordo com o Estudo dos Canais de Varejo, as taxas são inferiores à média dos últimos cinco anos. Entre 2007 e 2011, o consumo de artigos de vestuário aumentou 24,1%, sendo que aproximadamente 90% partiu da produção nacional. "Apesar do cenário atual, o varejo de vestuário brasileiro mostra forte potencial de crescimento. O Brasil deve triplicar esse mercado em mais uma geração", prevê Prado.

Hipermercados – Os hipermercados vêm ganhando participação nas vendas de roupas no mercado doméstico. No ano passado, seu market share sobre as vendas totais era de 7,7% ante fatia de 7,1% em 2007. Em volume de vendas houve um aumento de 35,5% no período. "Os hipermercados ainda dependem muito das vendas de oportunidade, mas já oferecem concorrência para lojas especializadas em moda íntima", avalia o diretor do Iemi, Marcelo Prado.

As lojas de departamento não especializadas em têxteis também tiveram crescimento relevante no volume de vendas, algo em torno de 54,5% no período. A participação de grandes redes de linha branca e marrom, principalmente, no montante de roupas vendidas no ano passado foi de 8,7% contra 7% em 2007.

As redes de pequenas lojas registraram participação de 15,7% ante 14,7%, enquanto as redes de departamento especializado cresceram de 27,5% para 30,1% entre 2007 e 2011. O crescimento em volume de vendas foi de 32,6% e 36% no período, respectivamente.

Já as lojas independentes tiveram redução de 43,8% para 37,8% em market share, com alta de 7,3% no volume vendido. De acordo com Prado, um dos motivos para o crescimento dos canais de vendas, com exceção para as lojas independentes, deve-se à localização, já que 35% das lojas de vestuário estão presentes em 434 shopping centers do país. "Os shoppings têm carregado monomarcas e franquias, que possuem giro alto. Mas as multimarcas de pequeno porte não se tornam rentáveis em shoppings", conclui.

Nova Classe Média – Os consumidores das classes B1, B2 e C juntos somaram 79,3% da demanda interna por vestuário no ano passado. Já os consumidores da classe A1 e A2 responderam por 14,9% do consumo de vestuário no Brasil em 2011. Já a classe D consumiu 5,8%. "Isso reflete a ascensão financeira do brasileiro, que com maior renda e emprego pode subir de classe social", acredita Marcelo Prado, diretor do Iemi. "Não importa o poder de compra do consumidor, todos buscam experiências de compra ao adquirirem peças de vestuário: os consumidores de baixa renda buscam inclusão social e os da alta renda, exclusividade", analisa.

Fonte:|http://veja.abril.com.br/noticia/economia/varejo-de-vestuario-cresc...

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