Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Varejo de Vestuário Faz Liquidação para Atrair Cliente

Mal acabou o outono em junho, as vitrines das maiores varejistas de vestuário do país estampavam descontos de até 70%. Este ano, as tradicionais liquidações de moda no inverno começaram mais cedo e com mais agressividade, motivadas pela economia desaquecida. A ideia é atrair os consumidores às lojas, ainda que abrindo mão da rentabilidade.

Na C&A, líder do segmento de vestuário no Brasil, cartazes anunciam preços até 60% menores. Na Renner, o desconto máximo é de 50%; na Riachuelo e na Hering, 60%. Chega à 70% o abatimento oferecido em peças na Arezzo, na Pernambucanas e na Marisa.

Os efeitos adversos das promoções devem aparecer nos resultados do segundo e do terceiro trimestres. Segundo projeção da Votorantim Corretora, por conta da liquidação precoce, a Renner, maior do setor entre as empresas listadas em bolsa, deverá registrar uma queda de 1 a 1,5 ponto percentual nas margens de abril a junho.

Desde o fechamento do primeiro trimestre, muitas varejistas já contavam com um ano fraco. As empresas se programaram para trabalhar com estoques conservadores. O problema é que o cenário para 2013, que já não era dos mais otimistas, piorou.

Entidade que representa as 13 maiores varejistas de vestuário no país, a Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex), diz que não houve registros, até o momento, de grandes períodos de frio intenso, em especial nas datas mais importantes do segundo trimestre o Dia das Mães e o Dia dos Namorados.

No ano passado, o inverno ameno foi "culpado" das grandes promoções, queda nas margens e desaceleração do crescimento das vendas mesmas lojas. Este ano, o fenômeno se repete, com alguns agravantes: a economia está mais lenta e o consumidor menos confiante. Para completar, a onda de protestos em junho obrigou as redes a fechar várias lojas antes do horário normal.

Os analistas já dão como certos resultados bastante fracos das varejistas de moda no segundo trimestre, com as receitas subindo apenas por causa das novas lojas abertas. Nas unidades abertas há mais de um ano, há expectativa é de um empate com 2012, na média entre as empresas.

Por ora, o dólar valorizado não deve prejudicar as margens, uma vez que as coleções que estão nas araras foram compradas no ano passado. Mas se o novo patamar da moeda americana se mantiver até outubro, os resultados das companhias em 2014 podem ser prejudicados. Principalmente no inverno, quando os importados são mais representativos na composição das vendas.

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