Setor sugere ao governo e ao Congresso que negociem uma MP (Medida Provisória) que englobe ações com validade imediata até o fim de maio
Por Douglas Rodrigues e Vitória Queiroz
Varejistas que estiveram em Brasília, nesta 5ª feira (28.abr.2022), defenderam medidas urgentes para combater o mercado ilegal on-line. Pretendem sugerir ao governo e ao Congresso que negociem uma MP (Medida Provisória) que englobe ações com validade imediata até o fim de maio.
O tema foi debatido no seminário “Negócios digitais x Ilegalidade: o Brasil que queremos” realizado pelo IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) e pelo Poder360, com apoio da Abrabe (Associação Brasileira de Bebidas). O encontro discutiu a importância do varejo digital para o país e como a ilegalidade impacta a competitividade e compromete o desenvolvimento nacional.
Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, disse que os principais problemas enfrentados pelo setor relacionados ao tema sejam enfrentados via uma lei ou uma MP. Na avaliação dela, a venda de produtos falsificados desincentiva a criação de empregos formais no país.
Outro problema citado por Luiza é a compra de bebidas falsas, que também podem causar problemas à saúde da população. “O Congresso tem que aprovar o que o povo quer também. Daqui a 1 mês, tem que dar ideia claras de 5 coisas que saíram daqui […] Nós temos que organizar. Até o dia 30 de maio, a gente faz”, defendeu no seminário.
Ao Poder360, o presidente do Conselho de Administração do Grupo Guararapes, Flávio Rocha, presente no evento, criticou o crossboarding –prática de comprar produtos on-line em outros países e importar para o Brasil. Muitas companhias revendem essa mercadoria sem pagar impostos. O IDV informou que 70% da evasão no comércio digital é impulsionada pela prática. Os preços são até 80% mais baratos, segundo levantamento.
O vice-presidente do IDV e CEO da Livraria Cultura, Sergio Herz, defendeu a necessidade de simplificar as regras tributárias para reduzir a concorrência “desleal” entre os negócios digitais na ilegalidade e o varejo brasileiro. Segundo ele, também é necessária a conscientização individual e uma política de controle e rastreamento das transações financeiras.
O seminário do IDV e o Poder360 debateu sobre os impactos da ilegalidade no varejo digital e como esse cenário pode ser enfrentado pelo setor no Brasil. O evento tem o apoio da Abrabe (Associação Brasileira de Bebidas).
O seminário teve palestras do deputado federal e 1º vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PSD-AM), sobre o papel do Legislativo diante da ilegalidade, e do presidente do Comsefaz (Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal) e secretário da Fazenda de Pernambuco, Décio José Padilha da Cruz, sobre a economia ilegal no Brasil.
O evento teve 2 painéis, “Impactos da ilegalidade do varejo digital na economia” e “Qual é o futuro do varejo digital?”.
A abertura foi realizada pelo presidente do IDV, Marcelo Silva. A mediação foi feita pelo jornalista Guilherme Waltenberg, editor sênior do Poder360.
Do 1º painel, “Impactos da ilegalidade do varejo digital na economia”, participaram:
Do 2º painel, “Qual é o futuro do varejo digital?”, participaram:
Além dos palestrantes, entre os presentes no evento, estavam:
Fonte: Poder 360
https://sbvc.com.br/varejo-quer-medida-provisoria-contra-comercio-i...
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