Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Varejo registra crescimento após seis meses, mas situação ainda preocupa

Após seis meses de resultados estagnado, os índices do varejo voltaram a crescer no Brasil em janeiro. Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor verificou um avanço de 0,8%.

Contudo, o resultado positivo não foi suficiente para compensar perdas acumuladas na pandemia de Covid-19 e encontra-se 0,8% abaixo do patamar registrado em fevereiro de 2020.

De acordo com o analista de competitividade do Sebrae, Flávio Petry, as atividades que puxaram os resultados positivamente foram os setores de equipamentos e material para escritório informática e comunicação (0,3%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (3,8%), e de outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,4%).

O setor de vestuário de calçados está entre os que representaram um recuo no índice, chegando a -3,9%. A lista segue com hiper e supermercados (0,1%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,0%); Móveis e eletrodomésticos (-0,6%); Combustíveis e lubrificantes (-0,4%).

Ainda segundo o analista, para avaliar as perspectivas para o segmento no curto e médio prazo é importante levar em consideração alguns aspectos importantes. Um deles é a sinalização dada pelo IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, principal indicador de inflação medido pelo próprio IBGE.

No mesmo período de referência do estudo da PMC, ou seja, janeiro x dezembro, houve um acréscimo de 0,54%, sendo que as categorias que lideraram o avanço deste índice foram Artigos de Residência (1,82%), Alimentação e bebidas (1,11%), Vestuário (1,07%) e Comunicação (1,05%). “Percebe-se que a inflação de determinadas categorias acaba pressionando diretamente no seu desempenho”, comenta Petry.

Outra métrica que auxilia na compreensão do contexto em que o comércio está inserido é o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV IBRE). No último levantamento do Instituto, houve uma elevação de 2,1 pontos em fevereiro, ao passar de 84,9 para 87,0 pontos, primeira alta depois de três meses de quedas consecutivas. Em médias móveis trimestrais o indicador cedeu 0,3 ponto, a sexta queda consecutiva.

“Isso demonstra um otimismo ponderado por parte dos empresários do setor. Se por um lado há uma boa perspectiva de recuperação com a flexibilização do funcionamento das atividades que haviam sido mais pressionadas pelas consequências da pandemia, por outro lado, quando se trata de algumas variáveis que podem impactar significativamente toda cadeia, o varejo se demonstra extremamente volátil“, comenta o analista do Sebrae.

“Este é o caso dos possíveis impactos que o aumento do custo dos combustíveis pode acarretar no preço final dos produtos, consequentemente pressionando a inflação e influenciando nos resultados de vendas”, acrescenta.

Flávio Petry ainda indicou que a expectativa é que diversos segmentos venham a ser impactados pela alta nos combustíveis, considerando que o principal modal logístico utilizado para a distribuição de bens no país é o terrestre, que depende quase que exclusivamente dos combustíveis derivados do petróleo. “Essa situação abre uma oportunidade para o fortalecimento das vendas locais que ainda possuem estoque em um primeiro momento. Todavia, com o giro dos estoques, há uma tendência de correção dos valores de modo a repassar parte dos custos direto ao consumidor final”, acrescenta o analista do Sebrae.

“Para estar mais bem preparado, o comerciante pode considerar a elaboração de estratégias que passam desde a revisão da estrutura de custo, à avaliação e possível recomposição do seu mix de produtos, avaliação dos canais de vendas e dos serviços agregados”, conclui.

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