Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Departamentos e lojas de roupas ganham destaques para atrair mais clientes

O setor têxtil dentro das lojas tem ganhado mais destaque ao longo dos anos. De acordo com pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o departamento têxtil e bazar, juntos, corresponderam a 7,2% de participação das seções de faturamento dos supermercados brasileiros, em 2011. Esse número coloca esses dois setores à frente de higiene e perfumaria (6,2%) e até de eletrônicos (5,6%).

O fato de oferecer roupas, calçados e acessórios disponíveis para a venda em supermercados refere-se à ideia de levar aos clientes a ter uma possibilidade de encontrar tudo o que precisa em um só lugar. A rentabilidade segmentada pelo varejo de roupas torna-se, cada vez mais, um importante atrativo aos negócios.

De acordo com Roberto Rivelino, gestor comercial do Hiper Moreira, a seção de confecções já representa 9,81% do faturamento mensal e incide em um período de crescimento. Ele explica que o setor consegue atrair consumidores para o supermercado como se estivessem em um shopping.

"Muito desses consumidores já estão acostumados a comprar roupas, calçados, cama, mesa e banho em nossa loja. Na linha de enxoval, já recebemos listas de compras para chá de berço e casamentos. O consumidor fica com a impressão de ter realizado suas compras em uma loja convencional".

Em 2002, o consumidor estava em busca de comodidade e conforto ao realizar suas compras. O investimento se fez necessário a partir do momento que mudamos nossa loja de um supermercado de abastecimento (bairro) para um hipermercado. Neste momento, a decisão foi de oferecer ao cliente maior praticidade em suas compras. 

Os grupos empresariais com redes de supermercados espalhados pelo mais diversos cantos do País buscam cada vez mais a adequação da moda nos padrões de custo benefício. Nesses casos, equipes formadas por estilistas saem à procura de tendências em festivais no exterior para captar os estilos a serem empregados nos pontos comerciais brasileiros. 

No Walmart Brasil, por exemplo, uma equipe exclusiva de designers cria coleções para as marcas próprias George, Simply Basic, 725 e Athletic Works, focada em traduzir as últimas novidades da moda. De acordo com a assessoria de imprensa do grupo, o foco da rede são as mulheres das classes B e C porque fazem compras para família inteira.

"Uma de nossas marcas exclusivas detém hoje o maior volume de vendas na Inglaterra. Para alcançar o público, o Walmart tem como proposta para o Brasil uma estratégia de ocasião de uso. O consumidor vai encontrar na loja a solução em roupas e acessórios para o momento que precisa, seja trabalho, esporte ou uma roupa mais moderna", confirma a assessoria de imprensa do grupo. 

Espaços exclusivos

A rede de supermercados Extra, que passa por fase de expansão em Goiânia, entregou, a partir do dia 18, um espaço exclusivo para roupas e acessórios. Após assinar contrato com a atriz Camila Pitanga para ser a garota-propaganda da moda Extra, a rede já inseriu o novo layout têxtil em 23 lojas no País.

A unidade da Avenida Portugal será a primeira de Goiás a receber as vitrines de exposição das confecções, em parte assinadas pelo estilista Marcelo Sommer. O novo espaço conta com piso que se diferencia do resto da loja, teto rebaixado e iluminação especial. Os espaços foram redesenhados com altura inferior ao antigo, para garantir uma melhor visualização da área.

Uma equipe de atendimento foi reforçada e contará com colaboradores treinados para auxiliar os clientes durante suas escolhas. Para trazer mais comodidade, a área possui provadores (masculinos e femininos) e uma sacola para armazenar as peças antes de passar no caixa.

"Agora não vai ser preciso passar as peças no caixa junto com o restante das compras. A proposta é criar um ambiente diferenciado, trazendo uma melhor experiência de compra para os consumidores do hipermercado. Queremos oferecer uma ampla solução de compras e aproveitar o fluxo de clientes que frequentam as nossas lojas para apresentar também nosso diferencial nesse setor", diz Sidnei Fernandes Abreu, diretor comercial têxtil do Extra.

Importados reduzem produção na indústria têxtil

As indústrias têxteis e de vestuário tiveram queda acentuada no volume de produção de janeiro a outubro deste ano, informa relatório do Sindivestuário (que reúne as entidades industriais de roupas e confecções), divulgado no dia 12 de dezembro. No período, a produção brasileira da indústria têxtil caiu 4,6%, em relação ao mesmo período do ano passado. 

A indústria de vestuário teve retração mais acentuada, de 10,63%. Em igual comparativo, no Estado de São Paulo, o setor têxtil teve recuo de 5,73% na produção e o de vestuário caiu 17,65%. O presidente do Sindivestuário, Ronald Masijah, atribui o declínio na produção ao aumento na importação. 

"De 2008 para cá, aumentou 272% o número de produtos (roupas e confecções) importados. Os importados entram no País porque não conseguimos competir (com a indústria estrangeira) com essa carga tributária tão alta. Nosso parque industrial é moderno, o problema são os tributos", avaliou Ronald. 

A queda na produção refletiu no número de pessoas empregadas nessas indústrias, que caiu 5,58% no setor têxtil e 8,79% no vestuário, representando 120 mil desempregados. De acordo com o executivo, o setor é o segundo que mais emprega no País, atrás apenas da construção civil. "Empregamos mais de 1,4 milhão de trabalhadores. Não é possível que o governo não preste atenção", avalia Masijah.

Apesar da reclamação, ele admite que as vagas perdidas têm sido absorvidas por outros setores da economia, inclusive pelo comércio varejista de roupas e confecções, onde as vendas tiveram alta de 2,9% em todo o País.

Segundo o presidente do Sindisvestuário, 2013 será crucial para a indústria têxtil e de vestuário, já que a perspectiva é de nova baixa na produção. "Para conseguir reverter essa curva, você precisa de alguma ação muito forte do governo. Se não houver providências, esse setor da indústria vai ser asfixiado no Brasil, assim como foi nos Estados Unidos e na Europa", finalizou o executivo.

Fonte:|http://www.dm.com.br/texto/81860-varejo-taxtil-em-supermercados

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