Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Venda de roupas na internet deve movimentar US$ 40 bi no mundo

Blogueiras, consultoras, estilistas, editoras garantem que a última tendência é a venda de roupas e acessórios pela internet.

Você compraria roupas e sapatos sem experimentar? Para vencer esse obstáculo na hora de vender pela internet, sites criam estratégias para arrebatar os clientes, principalmente as mulheres.
Blogueiras, consultoras, estilistas, editoras garantem que a última tendência é a venda de roupas e acessórios pela internet. Esse mercado em ascensão vai movimentar no mundo US$ 40 bilhões este ano – 20% a mais que em 2011.
No Brasil, esse ramo de negócios também promete. Mas para deslanchar, falta convencer novos consumidores de que dá para comprar roupa sem experimentar. Para isso os empresários criam soluções todos os dias. Num estúdio são fotografadas sugestões de uso para as peças vendidas no site.
A tabela de medidas resolve o problema da padronagem. Mas não basta servir. A roupa tem que cair bem. O maior site de e-commerce de moda no Brasil aposta no pós-venda.
“Você experimenta, decide se gostou, se o caimento foi bacana ou não. Entra em contato com nosso SAC e diz "olha, o blazer eu quero um número maior, apertou meu ombro, a calça que eu não gostei quero trocar por outra", e tudo isso é feito sem custo nenhum adicional”, diz a sócia do site OQVESTIR, Mariana Mendes Medeiros.
O projeto de duas advogadas e uma jornalista bombou depois do aporte de um investidor internacional. O faturamento da empresa cresceu 1000% no ano passado.
Num outro site, a estratégia é fazer um clube de moda. Para entrar tem que ser convidado, e lá dentro, 25 blogueiras consultoras vestem a sugestão de compra. “Aquilo faz ela se identificar rapidamente com a roupa daquela menina! É como você ter um aval de uma blogueira que você admira para aquela roupa que você vai comprar”, explica a blogueira e consultora de moda, Juliana Ali.
Chegam pelo correio os presentes dos filhos, dos amigos dos filhos, do marido, presentinhos pra ela. A publicitária Rita Nunes Alvares já é adepta das vitrines virtuais.
“Não tem uma interferência grande de gente experimentando do seu lado, de uma vendedora que está demorando a trazer uma coisa e que você tem que sair porque você tem que voltar para o trabalho ou porque você tem outro compromisso. Então pra mim é muito prático entrar num site, fazer minha compra, e resolver minha vida num click. Isso pra mim faz uma diferença muito grande”.

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