Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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MP pretende suspender negociação do imóvel, autorizada pela Justiça

BLUMENAU - O Ministério Público vai recorrer da decisão do juiz da 2ª Vara Cível, Osmar Tomazoni, que autorizou a Teka a vender o prédio onde funciona o parque têxtil e a sede administrativa na cidade, no Bairro Itoupava Norte. A promotora da 5ª Promotoria de Justiça, Monika Pabst, vai pedir ainda ao Tribunal de Justiça a tutela antecipada, que pretende suspender a autorização enquanto o processo não é julgado. Em novembro do ano passado, a empresa teve o pedido de recuperação judicial autorizado, e desde então vem buscando soluções para sanar as dívidas.

A promotoria considera temerosa a maneira como é proposta a venda. O pedido de negociação foi feito pela própria Teka, que venderia por R$ 69,3 milhões a sede ao Grupo Savoy, empresa de São Paulo que administra imóveis e empreendimentos de grande porte, mas continuaria a ocupar a propriedade pagando aluguel por um período pré-determinado de 10 anos, podendo ser prorrogado por mais 10 anos.

– Tenho argumentos jurídicos e fáticos contra essa proposta. O MP atua dentro do processo não visualizando só uma parte, mas todo o contexto, o social, o dos credores, enfim, interesses mais amplos. Na minha concepção, essa venda, naqueles termos, não poderia ter sido autorizada – declara Monika.

O processo com a decisão do juiz, publicada na terça-feira, ainda não chegou à promotoria. O prazo para o MP interpor recurso começa a valer a partir do dia em que chegar às mãos da promotora, que terá 20 dias para apresentar as argumentações.

Empresa conta com venda para reequilíbrio financeiro

A Teka não se pronunciou sobre o assunto. Na terça-feira, a empresa emitiu um comunicado divulgando a decisão da Justiça e declarando que a negociação possibilitaria, em breve, o reestabelecimento do equilíbrio econômico e financeiro da companhia.

Do total, R$ 22 milhões seriam destinados ao Badesc, credor hipotecário, outros R$ 8 milhões para dívidas trabalhistas e R$ 4,2 milhões pela comissão de venda do imóvel. O restante, R$ 35,1 milhões, seria para capital de giro.

Para Ulrich Kuhn, presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex), a operação feita pela Teka, conhecida como Lease-Back, pode ser uma solução positiva para a situação da empresa.

– É uma marca notória, então, toda e qualquer solução que se encontre para a continuidade da operação dela é altamente louvável. (Colaborou Priscila Sell)

Fonte:|http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,180,4141889,21991

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