Vendas de maquinaria têxtil subiram em 2023

[Romildo de Paula Leite]

O aumento foi registado na maior parte dos segmentos analisados pela ITMF – International Textile Manufacturers Federation, que mostra ainda o domínio da China nos sectores da fiação, tecelagem e tricotagem.

O 46.º estudo International Textile Machinery Shipment Statistics (ITMSS), compilado pela ITMF em colaboração com mais de 200 construtores de equipamentos têxteis, mostra que a China ainda é o principal destino da tecnologia para a produção de têxteis.

No sector de fiação, os envios globais de novos fusos de fibra curta e longa aumentaram 2% e 5%, respetivamente, embora tenha havido uma queda de 17% nos pedidos de rotores open-end em comparação com 2022. As entregas de fusos de texturização por estiramento, por sua vez, caíram 28%

O número total de fusos de fibra curta enviados aumentou em 155.000 unidades em 2023, para 9,78 milhões. A maioria dos envios teve como destino a Ásia (85%), onde as entregas se mantiveram estáveis face a 2022.

Os envios para a Europa (incluindo Turquia) e América do Norte e Central diminuíram 13% e 27%, respetivamente, e subiram em África, principalmente para o Egito (+120%, para 475.000), e na América do Sul (+140%, para 81.000). Os seis maiores investidores no segmento de fibra curta foram a China, a Índia, a Turquia, a Bangladesh, o Uzbequistão e o Egito.

Um milhão de rotores open-end foram enviados para o mundo todo em 2023, menos 200.000 do que em 2022, com 85% deles, ou 860.000, para a Ásia. China, Índia e Turquia foram os três maiores investidores do mundo em rotores open-end.

Os envios mundiais de fusos de lã de fibra longa cresceram para 98.000 unidades em 2023, uma subida de 5%, impulsionado pelo aumento nas entregas para a Europa e para a América do Sul.

Na tecelagem, o número de teares sem lançadeira vendidos em 2023 aumentou 52%, para 171 mil, enquanto os teares de jatos de ar registaram um crescimento de 34%, para 53.000, e os de jato de água subiram 96%, para 92.000 teares. O número de teares de pinça e de projétil ficou estável em comparação a 2022, em cerca de 27.000 unidades.

A Ásia foi o principal destino dos teares, correspondendo a 96% das entregas mundiais. O principal investidor em teares a jato de ar e jato de água foi a China, enquanto a Índia liderou nos teares de pinças e projétil, tendo encomendando cerca de 10.000 máquinas, uma queda de 8% face a 2022.

Na tricotagem, o envio de teares circulares subiu 17%, para 33.000 unidades em 2023, com 86% destinados à Ásia e 63% à China – 18.476 unidades. Os teares retilíneos registaram um crescimento de 61%, para 177.000 máquinas em 2023, sendo que 92% tiveram a Ásia como destino. A China manteve-se como a principal investidora do mundo, com uma quota de 82% do total de envios.

Os dados da ITMF sobre o segmento de acabamentos ainda estão a ser compilados.

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