Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Vendas em queda e preço dos aluguéis afugentam lojistas dos Jardins

Nos últimos doze meses, quase duas dezenas de estabelecimentos baixaram as portas na região

 

 

Letras garrafais lembrando um hit dos Beatles adornam a fachada de um imóvel no número 348 da Rua Dr. Melo Alves, nos Jardins. Na semana passada, a placa de “Aluga” de uma imobiliária encobria o trecho adaptado do refrão da música: “I say goodbye. You say hello” (eu digo adeus, você diz oi). Sem querer, dessa forma, a vitrine contém uma triste ironia.

 

Ela simboliza o momento delicado do comércio na área. No endereço, funcionou por oito anos a Loja do Bispo, especializada em móveis e objetos descolados de decoração. Nos últimos tempos, porém, o movimento começou a cair muito. Até que, em abril, o negócio fechou as portas. “Foi um longo período criando e garimpando artigos, mas trabalhar com vendas é difícil”, lamenta a artista plástica Pinky Wainer, que era responsável pelo estabelecimento.

 

Para o comércio da cidade como um todo, o ano não vai deixar muitas recordações boas. A previsão de especialistas é que o varejo na capital termine 2014 com uma retração de 2%. Parece uma brecada administrável. No caso dos Jardins, porém, as vendas em baixa somadas aos custos de operação na região, bastante inflacionados devido ao preço dos aluguéis, representaram uma combinação letal não apenas para a Loja do Bispo.

O endereço na Rua Dr. Melo Alves: vago desde abril
O endereço na Rua Dr. Melo Alves: vago desde abril
(Foto: Mario Rodrigues/VEJA SÃO PAULO)

Quase duas dezenas de estabelecimentos fecharam por lá nos últimos doze meses. Entre eles, Alexandre Birman, Bang Olufsen, Christian Dior, Cartier e Salvatore Ferragamo. Como não há dados oficiais, o número pode ser maior. “Os locais vagos nessa área refletem o cenário de freada do consumo”, afirma Marcel Solimeo, economista da Associação Comercial de São Paulo.

 

No trecho mais nobre da Rua Oscar Freire, entre a Avenida Rebouças e a Alameda Casa Branca, por exemplo, sete propriedades estão desocupadas. Uma delas abrigou por 39 anos a primeira unidade da Victor Hugo na cidade. Em dezembro de 2013, os executivos baixaram as portas. “Desejo voltar para lá como proprietário ou com um contrato de locação melhor”, conta Teddy Paez, diretor de marketing da marca. Os 65 000 reais pedidos para alocação têm afugentado outros interessados. A casa no número 816 procurainquilino há onze meses e ainda nãotem previsão para ser ocupada.

Fernando Sita, diretor na imobiliária Coelho da Fonseca, diz que a economia fraca exige mais flexibilidade dos donos dos imóveis. “É melhor rever valores do que ficar muito tempo com o ponto vazio”, alerta. A valorização dos aluguéis chegou a 500% entre 2008 e 2012 e os preços não baixaram depois disso.

Fabiana Justus, da Pop Up Store: o shopping virou prioridade
Fabiana Justus, da Pop Up Store: o shopping virou prioridade
(Foto: Mario Rodrigues/VEJA SÃO PAULO)

A concorrência com os shoppings é outro complicador. Após cinco anos, a marca Pop Up Store deixou a Oscar Freire em agosto e concentrou esforços no Shopping JK Iguatemi, onde está estabelecida desde 2011. “Percebemos que o custo era o mesmo da loja dos Jardins, mas temos quase o dobro do faturamento”, explica Fabiana Justus, uma das sócias.

Apesar dos problemas, o cenário está longe de ser de terra arrasada. Mesmo com as baixas recentes, lembra a presidente da Associação dos Lojistas dos Jardins, Rosangela Lyra, outras empresas chegaram à região, como a Riachuelo, inaugurada em novembro do ano passado.

Para aquecer o movimento nos próximos anos, Rosangela planeja tirar do papel uma reforma em vias da região semelhante à realizada em 2006, quando as calçadas da Oscar Freire foram niveladas e a fiação elétrica, aterrada. “As dificuldades atuais são passageiras e não vão abalar nosso diferencial, que é oferecer moda e estilo de vida ao ar livre”, acredita.

 

 

Os vilões da área

 

Preço dos aluguéis

› A valorização entre 2008 e 2012 chegou a 500% em alguns endereços mais nobres do pedaço

 

Retração econômica

› O varejo na capital deve fechar 2014 com queda de até 2%. A previsão para o crescimento do PIB é de 0,3% neste ano

 

Concorrência dos shoppings

› Alguns lojistas preferem os centros comerciais, onde há mais segurança e o faturamento é maior

FONTE: http://vejasp.abril.com.br/materia/aluguel-jardins

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Respostas a este tópico

a classe A, compra la  fora a B tambem e a C e discriminada, entao sobra o que? o novo rico e mais nada

Interessante, pois as lojas de LUXO,da Oscar Freire, estão muito bem obrigado.Lá não tem crise, tudo se vende. A classe A e a nova B, que estão bem na fita, viajam e trazem coisinhas, mas quem tem, não se da o luxo de comprar muito lá fora, Quando viajam é para diversão,  hoteis 8 estrelas ,jantares fantasticos, resorts luxuosos, passeios de iate, etc. A Nova classe C, que tem conseguido os atuais passeios pra Disney, e, alguns pobres da classe B(de espirito), viajam e enchem as malas pois vão ao WallMart de Maimi, o maior magazine de lá e enchem a burra de tudo que encontram, pois na realidade é muito barato.(tudo chines). Comprar nos Jardins de Sampa, não é pra qualquer um, só quem conhece e tem a burra cheia(produtos genuinos,classudos,de babar ). REALMENTE NÃO FALTA POR COMPRADORES DA ELITE( pra alguns pode até chamar de branca, mas é o que todo mortal queria ser) TÔ ENGANADO??????

eu vou na Riachuelo da Oscar Freire e ainda dou um check in no Swarm dizendo: -  aproveitando o que a vida me deu... Logo mais Paris 6!!!

 

rs

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