Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Vestiaire Collective acrescenta Zara, H&M, Gap, Mango e Uniqlo à sua lista de proibições de fast fashion

A gigante francesa da revenda Vestiaire Collective está a acelerar o seu esforço para eliminar a fast fashion do seu negócio e anunciou uma segunda vaga de marcas que vai banir da sua plataforma a partir desta semana.


AVestiaire Collective acrescenta aZara, H&M, Gap, Mango e Uniqlo à sua lista de proibições de fast fashion - Vestiaire Collective


As 30 marcas agora adicionadas à lista incluem alguns dos nomes mais populares da moda, como a Abercrombie & Fitch, Gap, H&M, Mango, Uniqlo, Urban Outfitters e Zara, entre outros

É o segundo ano de um lançamento de três anos da estratégia e segue o anúncio inicial em novembro de 2022.

Curiosamente, a empresa disse que após o início de 2022, viu 70% dos membros afetados pela proibição "voltarem à plataforma para comprar itens de melhor qualidade e investir em segunda mão". 

Mais acrescentou que, promovendo o seu "compromisso de criar uma economia mais circular, a Vestiaire Collective trabalhou com um comité de nove especialistas em moda e sustentabilidade para criar uma definição clara de fast fashion e alavancar essa estrutura para banir gigantes da indústria de seu site". 

A retalhista reconheceu que a nova proibição "suscitará debate", mas que "com a aceleração da crise climática e 92 milhões de toneladas de resíduos têxteis deitados fora todos os anos, é um passo necessário para reduzir o impacto ambiental e social da moda".

O novo quadro inclui elementos como o preço médio estimado e a possibilidade de reparação dos artigos; o número estimado de coleções ou o número de lançamentos de novos artigos por ano; o número de artigos disponíveis num determinado momento; o tempo do ciclo de produção, desde a conceção até à chegada à loja; e a frequência e intensidade das promoções de vendas.

A ver o impacto



A decisão original de começar a proibir a fast fashion surgiu depois de uma equipa da empresa "ter feito uma viagem exploratória a Kantamanto, no Gana, a maior economia de reutilização e reciclagem do mundo". O que descobriram em termos de volume e impacto dos resíduos de fast fashion levou a uma rápida decisão de começar a implementar a proibição.

E esta semana, Dounia Wone, diretora de Impacto da retalhista, afirmou: "A decisão foi tomada para apoiar o trabalho de longa data da Vestiaire Collective na promoção de alternativas ao modelo dominante da moda. As marcas de fast fashion contribuem para a produção e o consumo excessivos, o que resulta em consequências sociais e ambientais devastadoras no Sul Global. É nosso dever agir e abrir caminho para que outros players da indústria se juntem a nós neste movimento e, juntos, possamos ter um impacto".

De um ponto de vista prático, a empresa afirmou que "proibir a fast fashion só funciona se os consumidores comprarem de forma mais consciente, e a empresa incentiva os compradores a pensar criticamente sobre os seus hábitos de compra e o verdadeiro impacto das suas escolhas".

Por isso, "criou um percurso educativo para compradores e vendedores, que verão mensagens informativas a cada passo da sua experiência de compra ou de anúncio. Receberão também alternativas práticas para os seus artigos de moda rápida existentes através de um guia em linha com recursos para estratégias de doação e conhecimentos de sustentabilidade".

Também se comprometeu a educar as empresas sobre os benefícios da sustentabilidade “bem como a avaliar as relações existentes com parceiros e influencers com base nas suas práticas atuais”.

E está a lançar uma campanha global usando a IA denominada Think First, Buy Second nos seus canais digitais. “Incluirá um vídeo e imagens de roupas empilhadas localizadas em alguns dos locais mais conhecidos do Norte Global, como Time Square ou Torre Eiffel, para replicar como seriam os resíduos têxteis e os aterros sanitários nos próprios países dos consumidores”. 

Irá “encorajar os utilizadores das redes sociais a assumirem o compromisso num esforço para transformar a Black Friday numa Better Friday. Os participantes podem escolher entre comprometer-se a comprar apenas em segunda mão nesta Better Friday, até ao final do ano, em 2024, ou ficar em segunda mão para sempre”.
 

TRADUZIDO POR
Helena OSORIO

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