Victoria’s secret vai expandir ofertas de roupas desportivas e moda praia para reconquistar consumidoras

[Romildo de Paula Leite]

A Victoria’s Secret & Co. vai expandir as suas ofertas de roupas desportivas e moda praia, retomando assim uma estratégia que foi fundamental para o negócio há 10 anos.

Victoria's secret

Nos últimos anos, a Victoria’s Secret deixou de lado essas categorias para se concentrar em moda íntima. Mas as vendas de soutiens e roupas íntimas caíram à medida que as visitas dos clientes diminuíram, disse a empresa numa apresentação aos investidores na quinta-feira, 12 de outubro.

“Historicamente, quando tínhamos vestuário e moda praia, os clientes amavam-nos mais”, disse Greg Unis, presidente da Victoria’s Secret e da Pink, durante a apresentação. A empresa planeia “ampliar as nossas lentes de categoria” para impulsionar o crescimento, disse.

A Victoria’s Secret passou de uma participação de mercado de 16% na categoria de soutiens desportivos no auge para apenas 4% hoje, disse Unis. Os concorrentes com maiores vendas de roupas desportivas e vestuário também estão a registar um crescimento no segmento de roupa íntima, acrescentou.

A estratégia atualizada surge após cinco anos de queda nas vendas. A Victoria’s Secret perdeu cerca de 1,8 mil milhões de dólares em vendas desde 2018. A receita do seu último ano fiscal completo caiu 6,5% em relação ao ano anterior, enquanto que o lucro líquido foi cortado pela metade.

Embora a empresa tenha revisto para cima a sua orientação para o terceiro trimestre, ainda espera um prejuízo líquido de até 90 centavos por ação no período. Para o ano inteiro, a empresa vê uma queda nas vendas líquidas na faixa de um dígito baixo em comparação com o ano passado.

As vendas na América do Norte “não estão onde precisávamos” e “não estamos orgulhosos da forma como a marca Pink está a aparecer”, disse o CEO da Victoria’s Secret, Martin Waters, aos investidores.

Enquanto isso, as vendas internacionais estão a crescer e a ser lucrativas, disse Arun Bhardwaj, diretor de negócios internacionais da empresa. A Victoria’s Secret planeia ter mais de 900 lojas fora dos EUA até 2027, mais do que tem no país, acrescentou.

A empresa relançou o seu notório desfile de moda no mês passado, numa tentativa de revitalizar a sua imagem – e vendas. O desfile foi uma longa-metragem, e não a passerelle ao vivo dos anos 2000. “Estamos de volta à conversa sobre cultura popular”, concluiu Waters.

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