Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI
Durante a São Paulo Fashion Week N60, a Vicunha Têxtil apresentou um novo tecido de sua tradicional linha de brim, confeccionado a partir da fibra de malva amazônica — planta nativa cultivada por comunidades ribeirinhas do Pará. O lançamento integrou o desfile da marca Normando, fundada pelos paraenses Marco Normando e Emídio Contente, que exibiu um vestido de mangas longas e formato arredondado, em versão curta e assimétrica, confeccionado com o novo artigo sustentável da Vicunha.

Inspirada na mitologia da Amazônia, a coleção da Normando abriu espaço para experimentações com biomateriais, destacando o brim da Vicunha à base de malva. Tradicionalmente usada na confecção de sacarias para armazenar grãos de café, essa fibra ganha agora protagonismo na moda de alto valor agregado. “Desenvolver tecidos com a fibra amazônica é mais que inovação — é uma revolução sustentável que une conservação ambiental e responsabilidade social. Participar do SPFW com marcas como a Normando reforça nosso compromisso com uma moda brasileira pioneira e alinhada à agenda global da sustentabilidade”, afirmou Renata Guarniero em comunicado à imprensa, gerente de marketing da Vicunha.
De acordo com a empresa, a malva cresce em harmonia com os ciclos naturais de seca e cheia da região, sem exigir desmatamento, irrigação artificial, agrotóxicos ou fertilizantes químicos. Esse processo de cultivo confere à fibra uma baixíssima pegada ecológica, já que não degrada o solo, não contamina recursos hídricos, preserva a biodiversidade e contribui significativamente para a captura de dióxido de carbono.
O novo brim da Vicunha combina a malva amazônica com algodão, resultando em um tecido de aspecto rústico e toque natural. Fornecido em versão PT (pronto para tingir), o material foi utilizado pela Normando em estado cru.
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