Por Francys Saleh
Designer e docente no curso de Design de Moda na Universidade Católica de Pelotas (UCPEL)
Imagem: Reprodução
No inicio do século XX, enquanto a produção em massa crescia na indústria da moda americana, a alta-costura francesa ainda se concentrava na liderança da moda entre os ricos. Paris era um ponto de encontro cultural para designers, artistas e escritores. A troca de ideias criou uma atmosfera excepcional, necessária para a inovação na moda. Frequentemente, alguns designers se tornavam trendsetters – formadores de tendências. Eles dominavam a cena porque eram capazes de capturar o espírito do seu tempo e traduzi-lo em moda de alta aceitabilidade.
Os varejistas americanos compravam roupas francesas para os seus clientes ricos e, muitas vezes, trabalhavam com os fabricantes americanos para copiá-las ou adaptá-las ao mercado norte-americano.
A indústria do vestuário ready-to-wear, agora chamada prêt-à-porter, começou a prosperar quando designers como Poiret, Vionnet e Chanel simplificaram os estilos e, com isso, a sua construção. Os modelos da alta-costura eram copiados por produtores em massa para consumidores em todos os níveis de preço. Como o ajuste individual não era tão importante para as silhuetas retas, a produção em massa de vestidos tornou-se muito prática. Já em 1920, designers como Lucien Lelong, na França, e Hattie Carnegie, nos Estados Unidos, incluíam linha prêt-à-porter às suas coleções feitas sob medida. Embora o vestuário feito sob medida permanecesse importante, o prêt-à-porter moderno e atual já estava firmemente
Os trendsetters de maior destaque
Paul Poiret, cujos vestidos em forma de tubo libertaram as mulheres dos espartilhos, porém como o próprio estilista dizia “libertei o busto e perdi as pernas”, foi o primeiro couturier de Paris do século XX a se tornar umtrendsetter. Poiret também foi o primeiro designer de moda a lançar uma linha de perfumes, criava de acordo com suas coleções.
Poiret em seu atelier, em Paris.
Imagem: Reprodução
Gabrielle Chanel, também conhecida como Coco, estava na vanguarda da moda francesa após a I Guerra Mundial. Chanel popularizou o estilo “Garçon”, ou menino, com suéteres e vestidos de jérsei, e foi a primeira designer a fazer calças de alta moda para as mulheres. Com um estilo livre, Chanel criou uma imagem moderna desejada por todas.
Gabriele Chanel
Imagem: Reprodução
Jean Patou criou o famoso estilo “melindrosa”, em 1925, acentuou a linha do quadril, fortaleceu a silhueta reta, fez saias mais curtas e com bainhas desiguais. Essa peça foi encurtando até que chegou à altura do joelho, o que foi um marco, já que as mulheres exibiram seus joelhos pela primeira vez em público. Ele confirmou que a mulher jovem e independente era o novo ideal.
Jean Patou e suas modelos.
Imagem: Reprodução
FONTE:
Moda – Do conceito ao consumidor - Gini Stephens Frings
O livro da moda – Dorling Kindersley
Por Francys Saleh
Designer e docente no curso de Design de Moda na Universidade Católica de Pelotas (UCPEL)
Tags:
Bem-vindo a
Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI
© 2024 Criado por Textile Industry. Ativado por