Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

A empresa especialista em abacate, que está a produzir também em Portugal, desenvolveu um processo de extração de corantes naturais a partir de subprodutos do abacate que podem ser usados em diferentes indústrias, nomeadamente na têxtil.

[©Westfalia Fruit]

Em parceria com a Efficiency Technologies e a Sages London, a Westfalia Fruit desenvolveu uma tecnologia pioneira que permite extrair um pigmento raro e altamente valorizado dos caroços do fruto, promovendo a utilização integral da cultura. A empresa já aplicava um processo minucioso de inspeção e reaproveitamento dos abacates importados. Os frutos inadequados para venda direta eram transformados em produtos como polpa de abacate, guacamole e outras soluções alimentares. No entanto, as cascas e os caroços, que anteriormente tinham aplicações de baixo valor, passaram agora a ser reaproveitados.

A inovação da Westfalia Fruit consiste na extração de perseorangina, um pigmento natural raro que representa aproximadamente 3% do caroço do abacate. Este corante, transformado num pó seco de longa duração, oferece oito tonalidades distintas, desde amarelo-claro até castanho-avermelhado intenso, abrindo novas oportunidades para a utilização sustentável da coloração em várias indústrias.

«Este avanço representa um passo significativo na nossa estratégia de aproveitamento total da cultura», afirma Andrew Mitchell, Head of Group Innovation da Westfalia Fruit. «Ao transformar o que antes era considerado um subproduto num recurso valioso, estamos a criar soluções sustentáveis que beneficiam múltiplos sectores. A capacidade de produzir oito tonalidades naturais distintas, mantendo o compromisso de utilização integral do fruto, demonstra o potencial do pensamento inovador na agricultura sustentável», acrescenta.

Além da extração de corantes naturais, os restantes materiais das cascas e caroços de abacate continuam a ser reaproveitados para outras aplicações de valor acrescentado. O amido extraído é direcionado para a produção de papel e embalagens sustentáveis, enquanto os materiais moídos encontram uso na indústria cosmética, como esfoliantes naturais alternativos aos microplásticos.


[©Westfalia Fruit]

O processo de extração de corantes naturais surge num momento em que a procura por alternativas sustentáveis aos corantes sintéticos está em crescimento. O formato em pó garante estabilidade e facilidade de utilização em diversas aplicações, permitindo que as oito tonalidades naturais sejam adaptadas às necessidades de diferentes sectores, incluindo moda, beleza e embalagens.

O potencial comercial e a versatilidade do corante já foram demonstrados em várias iniciativas, incluindo uma apresentação bem-sucedida na London Fashion Week, que comprovou a viabilidade do pigmento na moda sustentável.

Fora do Reino Unido, a Westfalia Fruit já estuda a escalabilidade do processo para outras instalações na Europa, onde os subprodutos do abacate poderão ser processados com a mesma tecnologia. A empresa vê também potencial para expandir a inovação a nível global, maximizando o impacto sustentável da iniciativa.

O Westfalia Fruit Group, fundado na África do Sul, fornece produtos frescos e processados ​​para mercados internacionais. Atualmente opera em 17 países espalhados por cinco continentes. A Westfalia cultiva, amadurece, embala, processa e comercializa abacates credenciados em todo o mundo ao longo do ano. Em Portugal, a empresa tem uma joint-venture com a Granfer, com sede em Óbidos e um projeto agrícola no litoral alentejano para a produção de abacate.

https://portugaltextil.com/westfalia-fruit-cria-corante-a-partir-de...

Para participar de nossa Rede Têxtil e do Vestuário - CLIQUE AQUI

Exibições: 16

Responder esta

© 2025   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço