A moda sempre esteve profundamente conectada às emoções humanas. Em cada tecido, forma ou cor, há uma intenção de expressão, identidade e conexão. Agora, em um cenário de múltiplas transformações sociais, econômicas e tecnológicas, o aspecto emocional do consumo ganha ainda mais protagonismo e redesenha os caminhos do varejo, conforme mostra o estudo “Consumidor do Futuro 2027: Emoções”, da consultoria internacional WGSN.
A pesquisa aponta que três estados emocionais centrais devem orientar o comportamento de compra nos próximos anos: alegria estratégica, “desvontade” e otimismo cético. O levantamento revela que sentimentos como ansiedade, cansaço coletivo e esperança devem se traduzir em novas demandas sobre as marcas – que precisam ir além da estética e da funcionalidade para oferecer produtos e experiências com significado, conforto e conexão.
A Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX), que representa mais de 100 marcas das principais redes varejistas de moda no país, observa que essas tendências emocionais já se manifestam no comportamento do consumidor brasileiro e que o setor precisa estar atento para se adaptar.
“O consumidor está mais reflexivo, emocionalmente atento e socialmente engajado. A moda, como expressão do tempo presente, precisa compreender esse novo momento e oferecer mais do que produtos: é preciso criar vínculos baseados em propósito e responsabilidade”, afirma Edmundo Lima, diretor executivo da ABVTEX.
A alegria estratégica, apontada pelo estudo, representa um desejo consciente por bem-estar e leveza, como forma de enfrentamento ao estresse dos últimos anos e do dia a dia. Esse comportamento já pode ser observado no fortalecimento de marcas que apostam em design lúdico, cores vibrantes, campanhas com narrativas positivas e foco na experiência emocional do consumidor.
Já a desvontade, segundo a pesquisa, representa uma resposta ao esgotamento generalizado, especialmente entre as gerações mais jovens. Nesse contexto, cresce a valorização do tempo, do conforto e da simplicidade – o que pode influenciar desde o design das peças até o tipo de comunicação adotada pelas marcas.
Por fim, o otimismo cético traduz o espírito ambíguo do nosso tempo: a empolgação com os avanços tecnológicos, especialmente com os avanços da Inteligência Artificial, vem acompanhada de desconfiança e desejo de maior transparência por parte das marcas. Nesse sentido, empresas que forem mais transparentes em suas rastreabilidades e responsabilidades socioambientais poderão se destacar.
Nesse cenário, a ABVTEX reforça o papel estratégico do Programa ABVTEX, que há 15 anos atua no monitoramento e desenvolvimento da cadeia produtiva da moda. A iniciativa busca condições dignas de trabalho, transparência e sustentabilidade no setor – valores que dialogam diretamente com as novas expectativas emocionais dos consumidores.
“O bem-estar não pode estar apenas no produto, mas em toda a jornada até ele. Do desenvolvimento ao ponto de venda, cada etapa deve refletir respeito às pessoas, ao meio ambiente e à sociedade. Esse é o compromisso que o Programa ABVTEX ajuda a construir”, complementa Lima.
A associação também atua na promoção de ações colaborativas entre varejistas, fornecedores e parceiros institucionais, com foco na formação de uma cadeia de valor mais humana e consciente.
Fonte: Redação | Foto: Divulgação
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