Levantamento realizado pelo PiniOn mostra que preocupações com relações humanas ainda são barreiras relevantes, especialmente entre mulheres.
Imagem: Shutterstock
A inteligência artificial (IA) tem avançado cada vez mais na rotina dos brasileiros. Um levantamento inédito realizado peloPiniOn, empresa de pesquisa de mercado especializada em dados competitivos e comportamentais, revela que 33% dos brasileiros já utilizam IA com frequência.
No entanto, apesar da familiaridade crescente com as ferramentas, o desconforto ainda é elevado, principalmente entre as mulheres. Enquanto 43,1% dos homens afirmam se sentir sempre confortáveis interagindo com a IA, essa taxa cai para 33% entre o público feminino. As motivações para isso também divergem: homens temem se tornar dependentes da tecnologia, enquanto mulheres apontam a perda da capacidade crítica como o principal possível malefício.
ParaTalita Castro,CEOdo PiniOn, os dados mostram que o brasileiro está disposto a experimentar novas tecnologias, mas deseja que isso ocorra com ética, inclusão e responsabilidade. “A percepção de gênero que identificamos na pesquisa é um reflexo importante de como experiências distintas moldam a relação com a tecnologia, o que reforça a necessidade de desenvolver soluções que se adequem aos diferentes públicos”, afirma.
Outro ponto revelado pelo estudo é a preocupação com o impacto da IA nos relacionamentos interpessoais e na vida profissional. Para 45,6% dos entrevistados, o distanciamento humano é o maior risco relacionado à tecnologia. Em seguida, aparecem o medo de ser substituído no emprego (35,7%) e o receio de ser considerado menos competente por utilizar ferramentas de IA (35,7%).
Mesmo com receios, brasileiros veem potencial positivo na IA
Embora existam preocupações, há também espaço para otimismo e integração da IA na vida cotidiana. O uso da tecnologia é mais expressivo entre os jovens de 18 a 34 anos, principalmente para fins educacionais. Já entre os adultos com mais de 35 anos, o foco está no âmbito profissional. Além disso, 37% afirmam utilizar a tecnologia diariamente, e 70,5% relatam recorrer à IA apenas para esclarecer dúvidas sobre temas específicos.
Para o futuro, o brasileiro enxerga a IA como uma ferramenta de impacto coletivo: 69,8% acreditam que ela poderá aprimorar a análise de cenários econômicos e sociais. Muitos reconhecem seu potencial para prever catástrofes ambientais, identificar ameaças cibernéticas e combater fraudes financeiras.
A pesquisa também revelou que 61,6% dos entrevistados acreditam já ter interagido com uma IA sem saber, e metade dos usuários afirma precisar de 2 a 3 prompts para obter a resposta desejada. “Com os dados, observamos que a confiança do brasileiro depende menos da tecnologia em si e mais de como ela é comunicada e aplicada”, explica Talita.
Apenas 33% das mulheres se sentem confortáveis utilizando IA
por Romildo de Paula Leite
21 Jul
Levantamento realizado pelo PiniOn mostra que preocupações com relações humanas ainda são barreiras relevantes, especialmente entre mulheres.
A inteligência artificial (IA) tem avançado cada vez mais na rotina dos brasileiros. Um levantamento inédito realizado pelo PiniOn, empresa de pesquisa de mercado especializada em dados competitivos e comportamentais, revela que 33% dos brasileiros já utilizam IA com frequência.
No entanto, apesar da familiaridade crescente com as ferramentas, o desconforto ainda é elevado, principalmente entre as mulheres. Enquanto 43,1% dos homens afirmam se sentir sempre confortáveis interagindo com a IA, essa taxa cai para 33% entre o público feminino. As motivações para isso também divergem: homens temem se tornar dependentes da tecnologia, enquanto mulheres apontam a perda da capacidade crítica como o principal possível malefício.
Para Talita Castro, CEO do PiniOn, os dados mostram que o brasileiro está disposto a experimentar novas tecnologias, mas deseja que isso ocorra com ética, inclusão e responsabilidade. “A percepção de gênero que identificamos na pesquisa é um reflexo importante de como experiências distintas moldam a relação com a tecnologia, o que reforça a necessidade de desenvolver soluções que se adequem aos diferentes públicos”, afirma.
Outro ponto revelado pelo estudo é a preocupação com o impacto da IA nos relacionamentos interpessoais e na vida profissional. Para 45,6% dos entrevistados, o distanciamento humano é o maior risco relacionado à tecnologia. Em seguida, aparecem o medo de ser substituído no emprego (35,7%) e o receio de ser considerado menos competente por utilizar ferramentas de IA (35,7%).
Mesmo com receios, brasileiros veem potencial positivo na IA
Embora existam preocupações, há também espaço para otimismo e integração da IA na vida cotidiana. O uso da tecnologia é mais expressivo entre os jovens de 18 a 34 anos, principalmente para fins educacionais. Já entre os adultos com mais de 35 anos, o foco está no âmbito profissional. Além disso, 37% afirmam utilizar a tecnologia diariamente, e 70,5% relatam recorrer à IA apenas para esclarecer dúvidas sobre temas específicos.
Para o futuro, o brasileiro enxerga a IA como uma ferramenta de impacto coletivo: 69,8% acreditam que ela poderá aprimorar a análise de cenários econômicos e sociais. Muitos reconhecem seu potencial para prever catástrofes ambientais, identificar ameaças cibernéticas e combater fraudes financeiras.
A pesquisa também revelou que 61,6% dos entrevistados acreditam já ter interagido com uma IA sem saber, e metade dos usuários afirma precisar de 2 a 3 prompts para obter a resposta desejada. “Com os dados, observamos que a confiança do brasileiro depende menos da tecnologia em si e mais de como ela é comunicada e aplicada”, explica Talita.