A preocupação com a sustentabilidade e as inovações tecnológicas estão mudando o comportamento do consumidor e criando uma nova industria têxtil, gerando grandes oportunidades de negócios.
Fernando Valente Pimentel, presidente da Abit - Divulgação
Apesar dos têxteis e confeccionados serem classificados como de baixa intensidade tecnológica pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), segundo estudos realizados pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), o setor ingressou na Indústria 4.0, com a aplicação de inovações e P&D em sua cadeia de valores.
Fernando Valente Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), diz que inéditas tecnologias de produção e interfaces entre consumidores e fabricantes estimularão novos modelos de negócio, sustentáveis, com sistemas de virtualização da criação e da produção.
"A multiplicidade de produtos com tecnologias vestíveis e o emprego de biotecnologia e de modernos materiais poderão ampliar a demanda por têxteis inteligentes e funcionais, como já está ocorrendo, por exemplo, nas Forças Armadas do Brasil, numa iniciativa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), com participação da Abit. Os efeitos a montante da disseminação de fábricas com princípios da Indústria 4.0 poderão impulsionar a demanda qualitativa pelo desenvolvimento científico e tecnológico do setor. Uma nova estrutura industrial deverá surgir”, explica Fernando Valente Pimentel.
“Exemplos concretos dessa transformação já se observam, como o lançamento recente de serviços de assinatura de aluguel de roupas, nos Estados Unidos, no Brasil e em vários mercados, tendência consistente no varejo de moda, com a utilização da tecnologia pelas marcas para se adequarem aos novos hábitos e necessidades dos consumidores”. Este novo mercado, deve crescer mais de 20% ao ano e alcançar 2,5 bilhões de dólares em 2023, de acordo com dados da GlobalData.
Além disso, para acompanhar tanta mudança, é necessário capacitar as equipes. Pimentel aponta que 120 milhões de trabalhadores de todo o mundo terão de participar de programas de reciclagem nos próximos três anos, devido ao impacto da inteligência artificial no trabalho, segundo dados depesquisa da IBM.
O setor está mudando, mas a preocupação com a sustentabilidade econômica, social e ambiental está cada vez mais no centro das atenções das empresas, que estão sendo buscando alternativas para reduzir o consumo de água, energia, e produtos químicos; reutilizando e reciclando subprodutos oriundos da produção; combatendo o trabalho escravo e informal; e apostando no desenvolvimento da economia circular.
Esses avanços são uma realidade e exigem investimentos que, conforme lembra Pimentel, enfrentam os obstáculos da crise econômica brasileira. “Trabalhamos, porém, para que as reformas em curso e a retomada do crescimento do PIB tenham êxito, viabilizando nosso ingresso de maneira incisiva na economia digital”.
As transformações na indústria têxtil brasileira
por Romildo de Paula Leite
19 Set, 2019
Fernando Valente Pimentel, presidente da Abit - Divulgação
Apesar dos têxteis e confeccionados serem classificados como de baixa intensidade tecnológica pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), segundo estudos realizados pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), o setor ingressou na Indústria 4.0, com a aplicação de inovações e P&D em sua cadeia de valores.
Fernando Valente Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), diz que inéditas tecnologias de produção e interfaces entre consumidores e fabricantes estimularão novos modelos de negócio, sustentáveis, com sistemas de virtualização da criação e da produção.
"A multiplicidade de produtos com tecnologias vestíveis e o emprego de biotecnologia e de modernos materiais poderão ampliar a demanda por têxteis inteligentes e funcionais, como já está ocorrendo, por exemplo, nas Forças Armadas do Brasil, numa iniciativa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), com participação da Abit. Os efeitos a montante da disseminação de fábricas com princípios da Indústria 4.0 poderão impulsionar a demanda qualitativa pelo desenvolvimento científico e tecnológico do setor. Uma nova estrutura industrial deverá surgir”, explica Fernando Valente Pimentel.
“Exemplos concretos dessa transformação já se observam, como o lançamento recente de serviços de assinatura de aluguel de roupas, nos Estados Unidos, no Brasil e em vários mercados, tendência consistente no varejo de moda, com a utilização da tecnologia pelas marcas para se adequarem aos novos hábitos e necessidades dos consumidores”. Este novo mercado, deve crescer mais de 20% ao ano e alcançar 2,5 bilhões de dólares em 2023, de acordo com dados da GlobalData.
Além disso, para acompanhar tanta mudança, é necessário capacitar as equipes. Pimentel aponta que 120 milhões de trabalhadores de todo o mundo terão de participar de programas de reciclagem nos próximos três anos, devido ao impacto da inteligência artificial no trabalho, segundo dados de pesquisa da IBM.
O setor está mudando, mas a preocupação com a sustentabilidade econômica, social e ambiental está cada vez mais no centro das atenções das empresas, que estão sendo buscando alternativas para reduzir o consumo de água, energia, e produtos químicos; reutilizando e reciclando subprodutos oriundos da produção; combatendo o trabalho escravo e informal; e apostando no desenvolvimento da economia circular.
Esses avanços são uma realidade e exigem investimentos que, conforme lembra Pimentel, enfrentam os obstáculos da crise econômica brasileira. “Trabalhamos, porém, para que as reformas em curso e a retomada do crescimento do PIB tenham êxito, viabilizando nosso ingresso de maneira incisiva na economia digital”.
Por Novello Dariella
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