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É só ler os sinais: a Victoria’s Secrets ainda se arrasta por uma de suas piores fases desde sua criação. As vendas são o principal indício disso e, mesmo estando 1% a frente de março do ano passado, a marca luta contra um período difícil: quando suas consumidoras deixaram de se identificar com suas peças e comunicação.
Depois de encerrar a produção de moda praia da marca mãe (a própria VS) no último ano, a empresa acaba de anunciar que a Pink, sua linha mais jovem, também deixa de produzir beachwear.
Uma das razões de a linha ser extinta, de acordo com o grupo, é para focar mais em seus principais produtos: a lingerie. A realidade, porém, não engloba apenas este fato. Uma das principais queixas das consumidoras é de que a marca não atende a diferentes manequins, priorizando apenas os corpos magros.
O mesmo é refletido em suas campanhas, estreladas por casting de modelos tidas como exemplo de perfeição, mas muito distante da realidade da maioria das mulheres do mundo.
Embora a empresa responda que seu Fashion Show é composto de diversas tops de diferentes localidades do mundo, ainda não é possível ver nenhuma mulher plus size, curvilínea, com celulite, com estrias, cicatrizes e etc.
E, em uma época com tantas marcas inclusivas e que se comprometem a se comunicarem com suas consumidoras, e não apenas criar expectativa, empresas – mesmo poderosas – se perdem quando querem manter uma imagem já gasta, que de pouco tem a ver com os anseios das mulher moderna.
Fotos: reprodução
http://alllingerie.com.br/pink-tambem-deixa-de-produzir-moda-praia-...
Romildo de Paula Leite
Uma das razões de a linha ser extinta, de acordo com o grupo, é para focar mais em seus principais produtos: a lingerie.
22 Abr, 2018