O movimento da moda sustentável ganhou força com os dados gritantes da indústria têxtil.
Foto: Ilustrativa
Reutilizar para economizar. Cada vez mais pessoas vêm se esforçando para um consumo consciente, visando diminuir o desperdício e seus danos ao planeta. Omovimento da moda sustentávelganhou força com os dados gritantes da indústria têxtil. Somente no Brasil, estima-se que cerca de 175 mil toneladas de resíduos têxteis sejam descartadas anualmente. Desses, apenas 20% são reutilizados ou reciclados, já que a maioria acaba em aterros sanitários, demorando séculos para se decompor, ou é queimada. Todos esses fatores têm colocado a sustentabilidade na moda em pauta.
E não é só no Brasil: os números globais também são chocantes. A cada segundo, um caminhão de lixo cheio de sobras de tecido é descartado em aterros ou queimado, segundo a fundação britânica Ellen MacArthur. Além de representar a emissão de 1,2 bilhão de toneladas de gases de efeito estufa por ano, isso também significa 500 bilhões de dólares desperdiçados. De olho na questão ambiental, econômica e noposicionamento cada vez mais ativista dos consumidores, marcas e empreendedores estão buscando soluções para renovar o mercado, apostando na moda sustentável.
Moda sustentável: tendência ganha espaço no mercado
Com diversos estudos mostrando os aspectos negativos da indústria têxtil e o aumento do consumo no mercado da moda, alternativas como a reestruturação da cadeia produtiva e a introdução de materiais e tecidos ecológicos na produção. Esse equilíbrio entre a proteção dos recursos naturais e a moda pode ocorrer de diversas formas, como:
Uso de materiais e tecidos ecofriendly
Reaproveitar itens que antes seriam descartados em aterros ou mesmo no oceano é possível com a reutilização de materias recicláveis, como algodão orgânico. A mistura de retalhos e PET também auxilia esse cenário, transformando-se em tecidos desfibrados, além da juta da Amazônia (fibra natural).
Brechós
Estilo e consumo consciente são duas coisas que estão sempre em promoção nos brechós. Com lojas físicas e via redes sociais, essas casas podem até reunir achados como marcas renomadas e peças seminovas. Assim, é possível renovar o guarda-roupa gastando pouco, reutilizando peças que dão um toque pessoal ao seu estilo, já que não serão encontradas tão facilmente em lojas de departamentos, sem a necessidade de consumo de um item feito do zero.
Aplicativos e uso de peças atemporais
Seguindo a moda dos brechós, outra forma de renovar o visual sem apelar para a compra de novas peças são os aplicativos de troca e de produção de roupas com itens sustentáveis. Iniciativas como o Re-roupa, que propõe a confecção de peças novas com materiais que seriam descartados (como retalhos, rolos de tecido no final, peças com pequenos defeitos); e o Projeto Gaveta, que incentiva a troca de peças que estavam paradas no armário, vêm transformando a moda sustentável no Brasil.
Outra forma de aderir ao movimento é evitar o consumo de peças no estilo fast fashion, que defende a renovação do guarda-roupa a cada temporada, e apostar em roupas com acabamento de qualidade e visual atemporal. Assim, é possível utilizá-los com frequência – itens coringas, por exemplo, são calças jeans (de brechó, de preferência!) e camisas brancas, para evitar o “descarte” na próxima estação.
Métodos de tingimento alternativos em ação
Segundo o Banco Mundial, otingimento têxtil é um dos grandes poluidoresde água no planeta, contribuindo com 17 a 20% de toda a poluição dos nossos recursos híbridos. Somente a indústria têxtil consome mais de 6 trilhões de litros de água anualmente, e geralmente esses líquidos com resíduo são descartados em águas superficiais sem um tratamento prévio. Com resíduos com diversos elementos químicos que resultam do processo de tintura que afetam a flora e a flauna e mesmo os seres humanos, uma nova alternativa são corantes biológicos sintéticos.
Sustentáveis, esse métodos de tingimento alternativos usam organismos geneticamente modificados na produção de pigmentos. Outra novidade é os corantes sem uso de metais pesados e solventes ácidos.
Benefícios da moda sustentável
Pode até parecer pouco a curto prazo, mas os benefícios de se aderir à moda consciente somente serão percebidos no futuro. O aumento da consciência dos consumidores irá produzir maior qualidade das águas, do ar e redução da quantidade de lixo produzido. Para saber quais marcas são sustentáveis e aderir ao movimento sem medo, alguns sinais podem ser notados para acertar na escolha:
Verifique se a marca utiliza trabalho escravo em aplicativos como Moda Livre
Ainda com a tecnologia em mãos, outros apps são Good On You e DoneGood, que verificam fatores como sustentabilidade e testes em animais com notas para as marcas
Verifique os materiais usados nas peças
Fique de olho também no plástico gerado pela compra
Pesquisas rápidas podem ajudar na tomada da decisão do consumidor e promover a sua entrada para um consumo sustentável. Tudo indique essa moda veio para ficar.
Sustentabilidade na moda: marcas e iniciativas apostam em renovação consciente no país
por Romildo de Paula Leite
20 Set, 2019
O movimento da moda sustentável ganhou força com os dados gritantes da indústria têxtil.
Reutilizar para economizar. Cada vez mais pessoas vêm se esforçando para um consumo consciente, visando diminuir o desperdício e seus danos ao planeta. O movimento da moda sustentável ganhou força com os dados gritantes da indústria têxtil. Somente no Brasil, estima-se que cerca de 175 mil toneladas de resíduos têxteis sejam descartadas anualmente. Desses, apenas 20% são reutilizados ou reciclados, já que a maioria acaba em aterros sanitários, demorando séculos para se decompor, ou é queimada. Todos esses fatores têm colocado a sustentabilidade na moda em pauta.
E não é só no Brasil: os números globais também são chocantes. A cada segundo, um caminhão de lixo cheio de sobras de tecido é descartado em aterros ou queimado, segundo a fundação britânica Ellen MacArthur. Além de representar a emissão de 1,2 bilhão de toneladas de gases de efeito estufa por ano, isso também significa 500 bilhões de dólares desperdiçados. De olho na questão ambiental, econômica e no posicionamento cada vez mais ativista dos consumidores, marcas e empreendedores estão buscando soluções para renovar o mercado, apostando na moda sustentável.
Moda sustentável: tendência ganha espaço no mercado
Com diversos estudos mostrando os aspectos negativos da indústria têxtil e o aumento do consumo no mercado da moda, alternativas como a reestruturação da cadeia produtiva e a introdução de materiais e tecidos ecológicos na produção. Esse equilíbrio entre a proteção dos recursos naturais e a moda pode ocorrer de diversas formas, como:
Uso de materiais e tecidos ecofriendly
Reaproveitar itens que antes seriam descartados em aterros ou mesmo no oceano é possível com a reutilização de materias recicláveis, como algodão orgânico. A mistura de retalhos e PET também auxilia esse cenário, transformando-se em tecidos desfibrados, além da juta da Amazônia (fibra natural).
Brechós
Estilo e consumo consciente são duas coisas que estão sempre em promoção nos brechós. Com lojas físicas e via redes sociais, essas casas podem até reunir achados como marcas renomadas e peças seminovas. Assim, é possível renovar o guarda-roupa gastando pouco, reutilizando peças que dão um toque pessoal ao seu estilo, já que não serão encontradas tão facilmente em lojas de departamentos, sem a necessidade de consumo de um item feito do zero.
Aplicativos e uso de peças atemporais
Seguindo a moda dos brechós, outra forma de renovar o visual sem apelar para a compra de novas peças são os aplicativos de troca e de produção de roupas com itens sustentáveis. Iniciativas como o Re-roupa, que propõe a confecção de peças novas com materiais que seriam descartados (como retalhos, rolos de tecido no final, peças com pequenos defeitos); e o Projeto Gaveta, que incentiva a troca de peças que estavam paradas no armário, vêm transformando a moda sustentável no Brasil.
Outra forma de aderir ao movimento é evitar o consumo de peças no estilo fast fashion, que defende a renovação do guarda-roupa a cada temporada, e apostar em roupas com acabamento de qualidade e visual atemporal. Assim, é possível utilizá-los com frequência – itens coringas, por exemplo, são calças jeans (de brechó, de preferência!) e camisas brancas, para evitar o “descarte” na próxima estação.
Métodos de tingimento alternativos em ação
Segundo o Banco Mundial, o tingimento têxtil é um dos grandes poluidores de água no planeta, contribuindo com 17 a 20% de toda a poluição dos nossos recursos híbridos. Somente a indústria têxtil consome mais de 6 trilhões de litros de água anualmente, e geralmente esses líquidos com resíduo são descartados em águas superficiais sem um tratamento prévio. Com resíduos com diversos elementos químicos que resultam do processo de tintura que afetam a flora e a flauna e mesmo os seres humanos, uma nova alternativa são corantes biológicos sintéticos.
Sustentáveis, esse métodos de tingimento alternativos usam organismos geneticamente modificados na produção de pigmentos. Outra novidade é os corantes sem uso de metais pesados e solventes ácidos.
Benefícios da moda sustentável
Pode até parecer pouco a curto prazo, mas os benefícios de se aderir à moda consciente somente serão percebidos no futuro. O aumento da consciência dos consumidores irá produzir maior qualidade das águas, do ar e redução da quantidade de lixo produzido. Para saber quais marcas são sustentáveis e aderir ao movimento sem medo, alguns sinais podem ser notados para acertar na escolha:
Pesquisas rápidas podem ajudar na tomada da decisão do consumidor e promover a sua entrada para um consumo sustentável. Tudo indique essa moda veio para ficar.
Por Agência Emarket
https://independente.com.br/1sustentabilidade-na-moda-marcas-e-inic...
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