Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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3 coisas que aprendi com um homem que foi de engraxate a bilionário

Um olhar determinista sobre essa história diria que ela terminou nos cadernos policiais. Mas, na realidade, nosso protagonista, Eloi D’Avila, se tornou manchete na seção de negócios


Eloi D'Ávila conversou com o Administradores.com após gravar participação no meuSucesso.com

No interior do Rio Grande do Sul, uma criança cansada de sofrer abusos fugiu da casa da irmã, onde morava após ter perdido a mãe. O menino chegou a São Paulo, cidade em que foi engraxate e aprendeu a vender jornais na movimentada Praça da Sé. Aos 12 anos, esse mesmo garoto chegou ao seu terceiro destino: Rio de Janeiro. Em frente ao Copacabana Palace, lavou centenas de carros.

Um olhar determinista sobre essa história diria que ela terminou nos cadernos policiais. Mas, na realidade, nosso protagonista, Eloi D’Avila, se tornou manchete na seção de negócios. A curva do empresário gaúcho em direção ao sucesso aconteceu ainda no Rio de Janeiro, onde conheceu um guia de turismo que o levou para trabalhar na agência Stella Barros.

Vovó Stella, como era conhecida a fundadora da companhia, o contratou como office-boy e o deixou dormir no sofá da empresa. Aos 17 anos, ele voltou para São Paulo, onde acumulou três empregos: no Bradesco, nas Linhas Aéreas Paraguaias e na rodoviária, como fiscal de plataforma. Em uma terceira reviravolta, Eloi foi demitido e encarou a crise como a oportunidade de empreender. Foi quando criou a EDO, que vendia bilhetes aéreos de uma companhia paraguaia.

Hoje, a EDO se chama Grupo FlyTour, uma das maiores agências de viagem do país, que, com mais de 200 unidades, chega a faturar R$ 4 bilhões por ano.
 “O que eu recomendo a todo mundo é fazer o que se gosta, mesmo que seja difícil. Nada na vida é fácil. Eu me sinto muito feliz pelo que realizei, mesmo sem ter estudado ou tido apoio de uma família. Mesmo vivendo como eu vivi, enxerguei esse país como de oportunidades”, contou.


Em um bate-papo, o empresário passou três lições que se dividem entre negócios e sabedoria de vida. Veja abaixo:


Sobre humildade


Durante um período de sua vida, Eloi não tinha onde dormir. Por isso, vovó Stella permitia que o garoto passasse a noite no sofá da agência. Ele precisava acordar antes que os funcionários e clientes chegassem e só poderia dormir quando todos fossem embora. Para não se esquecer da sua origem humilde, todas as suas lojas possuem um sofazinho na entrada.


Sobre riscos

Eloi conta que não adianta apenas visualizar o Brasil como um país de oportunidades, é preciso assumir riscos para que o sucesso aconteça. “Esse é o país das oportunidades, se você agir. Se você não fizer nada, não haverá resultado. E sem resultados, não teremos continuidade. As pessoas só terão resultados se arriscarem, e a palavra risco, para mim, é fundamental. Tudo que eu fiz foi com risco: nasci risco, sobrevivi no risco e até casei no risco”, afirmou empresário.

Sobre vendas

Desde os oito anos, Eloi é vendedor. Com sua experiência, ele aconselha que os profissionais da área estejam atentos a todas as informações sobre seus potenciais clientes. “O vendedor precisa se educar e se preparar para as visitas. Dominar o produto ou serviço que vai comercializar, é disso que o cliente gosta. Clientes não gostam de discursos, eles gostam de conhecimento. Esse conhecimento que é fundamental na demonstração de qualquer serviço. Outro fator importante é ser transparente. Mentir, nunca!”, destacou Eloi.

Além disso, ele disse que o vendedor deve se manter atento sobre quando o cliente está fechando um negócio e quando ele está fugindo da negociação por algum motivo. “Pense em alguém que quer vender um carro, mas o cliente diz que não vai comprar por falta de estacionamento. O bom vendedor sabe quais são os melhores estacionamentos que o cliente pode alugar ou mesmo tem um convênio com um”, explica Eloi.


Ele ainda pede que os vendedores pensem no meio de pagamento que estão oferecendo. “Muitas vezes, os vendedores preferem continuar apenas com os meios de pagamento onde eles ganham mais. Então eles fecham apenas uma venda com esse meio, deixando de lado outras três, vamos supor. Mas ele não está perdendo três vendas, está perdendo três clientes”, conta o empresário

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Agatha Justino

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