Por: Felipe Moura Brasil
1) Lula & Eduardo Cunha:
Lula passou a semana correndo atrás de Cunha e tentando conter o ímpeto do PT de destruí-lo.
Aparentemente, seu objetivo seria impedir que o presidente da Câmara abrisse o processo de impeachment de Dilma Rousseff.
Mas sua prioridade, segundo a Época, era outra:
“Lula teme Cunha, porque seus destinos estão entrelaçados no petrolão. Afinal, foi Lula quem nomeou Jorge Zelada para a Petrobras, a pedido da bancada peemedebista da Câmara”.
Foi quando Zelada assumiu a Diretoria Internacional, em 2008, que o hoje delator Fernando Baiano passou a manter contato com Cunha – que ultimamente tem atuado para impedir a convocação de Lula às CPIs que comanda.
Seus destinos estão mesmo entrelaçados, no abraço dos afogados.
2) Lula & José Carlos Bumlai:
No governo Lula, como VEJA mostrou em janeiro, só duas pessoas entravam no gabinete presidencial sem bater na porta. O pecuarista Bumlai era uma delas. A outra, Marisa Letícia, mulher de Lula.
Agora que Baiano disse que Bumlai usou dinheiro de propina da Petrobras para comprar o apartamento de Lulinha, o que fez Lula? Entregou seu melhor amigo.
Mandou vazar para a Folha (“comentou com colaboradores”, segundo o jornal) que Bumlai “pode ter se aproveitado de sua amizade para obter vantagens financeiras”.
O Brahma, “nas conversas com seus aliados, reclamou de Bumlai, afirmando que, caso confirmada a versão de Baiano, o amigo teria se valido dessa intimidade para ganhar dinheiro”.
É o que os chefes costumam alegar quando seus paus-mandados são pegos. Especialmente, se eles implicam seus filhos.
A coluna Radar, da VEJA, acrescenta que “Bumlai não apenas emprestou o endereço de seu escritório para registrar empresas em nome de Luís Cláudio e Fábio Luís”, os filhos de Lula “também enredados nas investigações”.
“Luís Cláudio efetivamente tinha uma sala contígua à de Bumlai em São Paulo e lá recebia empresários de marketing esportivo no fim do governo do pai, quando iniciava seu projeto de impulsionar o futebol americano no Brasil.
Mais: o amigo da família participava das negociações e impressionava os interlocutores pelo ‘carinho’ com o jovem empreendedor.”
Essa família é muito unida / e também muito ouriçada.
3) Lula & Alexandrino Alencar:
Época: “Lula e Alexandrino se conhecem desde os tempos de Lula no Planalto. A proximidade entre eles era tão grande que se cumprimentavam com um beijo no rosto. Essa intimidade se intensificou após 2011, quando Lula passou a defender, ao lado de Alexandrino, os interesses da Odebrecht no exterior.
Um relatório de perícia do MPF sobre os movimentos migratórios de Lula e o ex-funcionário da Odebrecht aponta que os dois companheiros compartilharam ao menos cinco voos juntos nos últimos quatro anos, de acordo com dados extraídos do sistema de tráfego internacional da Polícia Federal.
Nesta semana passada, no depoimento ao Ministério Público, Lula manteve uma distância olímpica do amigo ao dizer que ‘Alexandrino era representante da Odebrecht, não sabendo precisar o cargo; que só tinha relação profissional com Alexandrino'”, com quem teria feito “4 ou 5” viagens.
Só faltou alegar que só lhe dava beijo técnico.
4) Lula & BNDES:
Lula disse ao MP “que pode ter entregue ao então ministro do Desenvolvimento Fernando Pimentel uma carta de Cuba pedindo um financiamento” do BNDES, que é subordinado ao ministério.
O Globo obteve a íntegra do depoimento, no qual o Brahma nega ser consultor ou ter feito lobby para empreiteiras brasileiras no exterior – embora os fatos, como mostrei aqui, indiquem o contrário.
A carta teria sido entregue a Lula pelo ministro do Comércio Exterior de Cuba, Rodrigo Mamierca, em 1º de junho de 2011, e pedia financiamento do BNDES para pequenos produtores cubanos.
Lula disse não se lembrar da carta, mas que pode ter recebido e entregue a Pimentel. Tentou minimizar o ato dizendo que o ministro “não manda” no BNDES.
Quem manda no BNDES, de fato, é o militante de esquerda Luciano Coutinho, parceiro de Lula no Foro de São Paulo desde 1990, como mostrei na TVeja: aqui.
Pimentel pode ser apenas um garoto de recados entre Lula e Coutinho.
Ao MP, Lula ainda disse imaginar que “a Odebrecht, que bancou sua viagem, tivesse interesse em investir em usinas de etanol em Cuba, mas que não tinha conhecimento de pedido específico de financiamento do BNDES para o setor sucroalcooleiro daquele país”.
Como no mensalão e no petrolão, Lula nunca sabe de nada.
Aham.
5) Lula, Sarney, Renan e Delcídio contra a Lava Jato, via STF:
A VEJA informa que, no fim de junho, uma semana depois que a Lava Jato prendeu os presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, Lula se reuniu com os líderes do PT e do PMDB, na casa de Renan Calheiros, e chamou de “arbitrários” o juiz Sergio Moro e os demais responsáveis pela operação.
“O país foi sequestrado pelo Moro. Temos de reagir no Supremo Tribunal Federal”, concordou José Sarney, o ex-presidente cuja filha, Roseana, é investigada no caso.
Renan e o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral, ambos agora implicados pelo delator Fernando Baiano, também estavam presentes.
O objetivo, diz a revista, era “encontrar um jeito de restaurar a velha ordem da impunidade para os poderosos da República que a Lava-Jato ameaça contrariar pela primeira vez em nossa história”.
Para isso, claro, Lula, Sarney, Renan e Delcídio contam com o puxadinho do PT conhecido como STF.
É uma gente repulsiva, que apodreceu o Brasil.
Felipe Moura Brasil ⎯ http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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Para isso, claro, Lula, Sarney, Renan e Delcídio contam com o puxadinho do PT conhecido como STF.
É uma gente repulsiva, que apodreceu o Brasil.
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