Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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5G: Onde estarão as oportunidades para as marcas


Levantamento da MarketandMarkets aponta mercado potencial de US$ 100 bilhões de negócios em áreas como comunicação e entretenimento, transporte e logística, serviços públicos e healthcare.

https://mwc.meioemensagem.com.br/wp-content/uploads/sites/14/2022/03/5g_oportunidades_575-1-300x225.jpg 300w, https://mwc.meioemensagem.com.br/wp-content/uploads/sites/14/2022/0... 275w" sizes="(max-width: 400px) 100vw, 400px" /> As empresas de mídia e entretenimento têm investido pesado em plataformas digitais na 5G, pois a audiência para mídias digitais ganhou destaque em relação aos programas convencionais de teledifusão (Crédito: Sérgio Damasceno)

Uma das principais abordagens desta edição do Mobile World Congress (MWC) é sobre os negócios que têm sido criados com base na 5G e seus respectivos modelos. Neste momento, a 5G está presente em 30% dos países do mundo, com distribuição equitativa em três regiões: Américas, Ásia e Europa, Oriente Médio e África (EMEA). No topo das nações com mais redes 5G em operação está a China, seguida pelos EUA e Coreia do Sul. Segundo a GSMA, a adoção do 5G continua a crescer rapidamente em mercados pioneiros e, até o final deste ano, o número total de conexões deve chegar a 1 bilhão, impulsionado por fatores como a recuperação econômica da pandemia, aumento das vendas de aparelhos 5G, a expansão da cobertura de redes e, claro, os esforços gerais de marketing para os novos produtos e serviços pelas operadoras móveis. Nova onda de lançamentos de redes 5G em grandes mercados com níveis de renda modestos – caso do Brasil, Indonésia e Índia – devem ser incentivos à em massa de mais dispositivos 5G acessíveis, o que gera o clico virtuoso de crescimento de assinantes. Até o final de 2025, a 5G representará cerca de um quarto do total de conexões móveis e mais de duas em cada cinco pessoas ao redor o mundo viverá ao alcance de redes 5G.

Com base nesse movimento, a MarketsandMarkets, empresa que faz análises de impacto de receita em todo o mundo para identificar oportunidades de negócios de alta expansão, projeta crescimento incremental, ou seja, ligado às promoções relacionadas à rede 5G, sobretudo na oferta de aparelhos mais baratos, de US$ 100 bilhões em oportunidades de serviços para as empresas. Obviamente que isso está ligado tanto à rápida expansão da 5G quanto do marketing das teles, que terão que, simultaneamente, arcar com os custos altos dessas redes e, ao mesmo tempo, trabalhar para atrair empresas e pessoas aos produtos (terminais, principalmente) e serviços 5G. Essas oportunidades, segundo a MarketsandMarkets, estarão em áreas como comunicação e entretenimento, transporte e logística, serviços públicos e healthcare e dependem do próximo passo, posterior à instalação da infraestrutura, que é a formação de modelos de negócios, ou seja, do ecossistema que permitirá a construção da oferta e posterior demanda pelos públicos-alvo. Em resumo, se trata de fomentar o ecossistema 5G.

Cenário alterado
O fato é que, três anos após o lançamento da primeira rede comercial 5G no mundo (pela coreana SK Telecom, em abril de 2019), o cenário das telecomunicações mudou drasticamente. Primeiro porque as teles criaram unidades B2B para operar na velocidade da nuvem (cloud computing) e na borda da nuvem (edge computing). Isso aumentou muito a relevância e atratividade das teles como parceiros de prestação de serviços, aponta o estudo da MarketsandMarkets. Esse desenvolvimento crescente em direção à nuvem demanda eficiência da rede, alta velocidade e a virtualização da segurança da rede. E é isso que se espera da 5G. Já a monetização dos serviços 5G deve demorar um pouco mais. Historicamente, a migração de 2G para 3G ocorreu, principalmente, para oferecer melhor conectividade com a internet. Já a evolução de 3G para 4G visava, à época, a melhoria de qualidade de voice over internet protocol (VoIP) e serviços voice over long-term evolution (VoLTE). Agora, na passagem de 4G para 5G, a comunicação máquina a máquina (M2M) e serviços sem latência são os principais objetivos. E se espera, afirma a MarketsandMarkets, que o salto ao ecossistema 5G ocorra à taxa de três a quatro vezes mais rápido do que as gerações anteriores.

Definição de novos negócios
E é aqui que começam a se definir os novos negócios. A MarketsandMarkets aponta novas e imensas oportunidades para este mercado, como aumento contínuo na número de dispositivos conectados à internet das coisas (IoT), redes ágeis, fatiamento de rede e software de redes entre as tecnologias emergentes, que devem moldar o futuro do mercado de serviços 5G. Mas, existem alguns desafios de ordem técnica de espectro, de ausência de infraestrutura em escala mais ampla em mercados emergentes (as redes 5G brasileiras só estarão no ar a partir de julho deste anos), e custos crescentes em implantações, que deverão limitar o crescimento do mercado. As teles deverão arcar com mais de US$ 600 bilhões de custos operacionais (Capex) em máquinas, equipamentos e imóveis, em todo o mundo, até 2025, e 85% desse Capex serão alocados nas redes 5G, conforme dados do relatório Mobile Economy 2022, da GSMA.

Outro estudo, o Ericsson Mobility 2020, apontou que o tráfego total de dados móveis chegou a 51 Exabytes por mês até o final de 2020 e projeta 226 Exabytes por mês até 2026. Um exabyte equivale a 1 bilhão de gigabytes. Apenas os vídeos representas 66% de todo o tráfego de dados móveis. O número de assinaturas móveis únicas em todo o mundo deve chegar aos 5,8 bilhões até 2025, quando as redes adicionarão 600 milhões de novos assinantes. Até o momento, vários países lançaram smartphones 5G. Ainda segundo o estudo da Ericsson, 69% das teles lançaram 5G para smartphones comercialmente. Até o final de 2020, a estimativa é que havia 220 milhões smartphones nas mãos dos usuários, número que deve chegar a 3,5 bilhões até 2026. Durante a pandemia, em função das restrições, o padrão de tráfego móvel mudou. E, com isso, criou a necessidade de transformar a experiência na banda larga móvel.

Justamente, as redes 5G oferecem experiência de banda larga aprimorada, com velocidade de até 1 Gbps e latência inferior a 10 milissegundos e fornece a plataforma para serviços baseados em nuvem (cloud computing e edge computing) e inteligência artificial (IA). Vários aplicativos com uso intensivo de dados, tanto individuais quanto B2B, como aplicativos de realidade aumentada (AR), realidade virtual (VR) e vídeo surgirão, neste contexto.

Quarta revolução
E setores como TI e telecomunicações, varejo, saúde, automotivo, mídia e entretenimento, bancos, serviços financeiros e seguros (BFSI), e agricultura têm diferentes tipos de requisitos de serviço, incluindo alta largura de banda, baixa potência, latência ultrabaixa e alta velocidade. Ainda, com a quarta revolução industrial em curso, a introdução da 5G acelerou a transformação digital da indústria. Melhorias rápidas na largura de banda permitiram que as teles entregassem experiências superiores ao usuário final, e a 5G promete acelerar ainda mais isso. Aplicativos e ecossistemas de IoT conectados precisam de serviços de rede mais rápidos e confiáveis e a conectividade desempenha um papel crucial na Indústria 4.0.

Iniciativas de infraestrutura, como cidades inteligentes e edifícios inteligentes, são um modelo conceitual projetado para fornecer um conjunto de serviços e infraestrutura de ponta. Uma cidade inteligente pode ser definida como uma cidade que implanta com eficiência sua tecnologia da informação e comunicação (TIC), com infraestrutura para melhorar a qualidade de vida e aumentar a eficiência das operações urbanas. A cidade só pode ser considerada inteligente se aderir ao transporte inteligente, edifícios inteligentes, serviços públicos inteligentes e serviços inteligentes para o cidadão. Essas implementações dependem muito das tecnologias – comunicações de dados, nuvem, mobilidade e sensores – que, coletivamente, formam a IoT.

Mídia e entretenimento
A mídia e o entretenimento é um dos primeiros setores em que a 5G será amplamente utilizado. A 5G pode fornecer serviços audiovisuais de alta qualidade e a capacidade para compartilhar vídeos ao vivo nas mídias sociais, o que facilita a aplicação multicast e vídeos móvel em HD. A 5G também desbloqueará o potencial de mercado de conteúdo 3D e seu ecossistema. Os jogos estarão na vanguarda da inovação liderada pela 5G, com AR e games na nuvem móvel. Nos jogos online, a 5G deve afetar drasticamente o negócio por conta da baixa latência. A 5G também permitirá que os jogadores de VR joguem em várias plataformas e modos. E a convergência de 5G com IA pode proporcionar experiências imersivas inéditas.

Também a transmissão online empurra o conteúdo digital na indústria de criação, sejam agências de publicidade ou creators. Os usuários móveis terão ou já têm o poder de transmitir áudio, vídeo e conteúdo de rolagem online sem problemas. Enquanto aplicativos móveis como YouTube, Facebook, Instagram e TikTok permitem que os usuários transmitam seu próprio conteúdo, agregadores de mídia profissional, como Netflix, Amazon Prime Vídeo, Disney+ e demais serviços de streaming ganharão em tração, com a baixa latência da 5G e a alta largura de banda para fornecer streaming de atraso quase zero (seja em 4K, 8K ou UHD) para seus consumidores.

As empresas de mídia e entretenimento têm investido pesado em plataformas digitais, pois a audiência para mídias digitais ganhou destaque em relação aos programas convencionais de teledifusão. De novo a pandemia, que proporcionou impulso significativo aos eventos digitais e às plataformas de mídia digital. Num exemplo, algumas associações e fóruns de música convencionais e ortodoxos se reuniram e construíram plataforma online para realizar shows online. Smartphones 5G nas mãos de consumidores de classe média baixa ampliou a audiência e criou um campo de atuação nivelado para público mais amplo. Graças às taxas de assinatura acessíveis de provedores de plataforma digital, o que fortalece a audiência de eventos ao vivo. A Coreia do Sul é um dos mercados 5G mais avançados, já que lançou pioneiramente a rede. Em abril de 2019, 50% da população coreana tinham acesso à rede 5G construída por uma das três operadoras nacionais (SK Telecom, LG Uplus e KT) e as primeiras versões do 5G VR/AR já estavam disponíveis. Até junho de 2019, havia mais de 1 milhão de usuários 5G, numa adoção mais rápida do que a absorção inicial de 4G. E a primeira nuvem com solução VR/AR sob 5G (da LG Uplus) ficou online. Agora, um terço dos usuários de 5G são usuários de VR/AR, o que é uma taxa de adoção muito alta. Os modelos de negócios 5G AR/VR têm se desenvolvido rapidamente, inspirados em modelos de vídeo móvel (gestão de tráfego, prime service, conteúdo e fones de ouvido exclusivos, por exemplo).

Sergio Damasceno Silva

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