Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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5G: Segurança e entender casos de uso são desafios da tecnologia

No IT Forum Ibirapuera, Kyndryl discutiu aplicações e desafios da nova geração de conectividade móvel.

O painel 5G: O que é? Do que vive? Como se aplica? É seguro?, apresentado pela Kyndryl Brasil no IT Forum Ibirapuera (Imagem: Divulgação/IT Mídia)

O 5G é a primeira geração da conectividade móvel voltada especificamente para os negócios. Essa foi a avaliação feita por painelistas na abertura do debate “5G: O que é? Do que vive? Como se aplica? É seguro?”, apresentado pela Kyndryl durante o IT Forum Ibirapuera, evento realizado pela IT Mídia nesta quarta-feira (16), em São Paulo.

“Nas quatro primeiras gerações de tecnologia celular, tivemos um negócio muito orientado ao consumidor. Você se preocupava com velocidade, capacidade e conectividade”, explicou Mauro Periquito, associate partner da Kyndryl Brasil. O 5G, por sua vez, detalhou o executivo, endereçou problemas como latência, conexão máquina a máquina e networking slicing. “Tudo isso vem indicando que teremos casos de uso de 5G dentro de ambientes de missão crítica”, completou.

No entanto, conforme alertou Sérgio da Motta, diretor de Advisory & Implementation Services da Kyndryl, o 5G é também um “hype” – e, com isso, traz desafios para executivos de tecnologia. “Cada vez que vemos um novo hype, CIOs, CTOs e CSOs têm o trabalho para avaliar para que ele serve, quais são os casos de uso, as limitações”, pontuou, “E precisam conversar com o negócio para entender como usar aquela tecnologia e como se precaver”.

Segundo os painelistas, um desses desafios é justamente entender se o 5G será a melhor opção para seu negócio. Em sua fala, da Motta lembrou que o 5G será uma tecnologia com diferentes tipos de implementação: do 5G público de operadoras ao 5G completamente privado e independente. Em cada caso de uso, diferentes faixas de frequência, tecnologias de implementação e regras de governança serão necessárias. Entender as necessidades de seu negócio e como o 5G pode ajudá-lo, portanto, é essencial.

Um dos exemplos disso é a Mercedes-Benz. A montadora alemã começou a operar, em 2021, a Fábrica 56, uma estrutura da cidade de Sindelfingen, na Alemanha, que usa aplicações de 5G. No painel, Mauricio Mazza, diretor de TI da Mercedes-Benz Brasil, contou que o projeto foi elaborado por conta da sua capacidade de habilitar uma “hiperflexibilidade” para a planta.

“É uma fábrica extremamente flexível que pode, entre as linhas de produção, usar conectividade para saltar de uma linha de produção para outra sem perder produtividade”, explicou. “A gente não pode fazer tecnologia pela tecnologia. A gente tem que criar valor”, continuou. “No meu mundo, do caminhão e do ônibus, cada minuto que economizo é um valor. Eu trabalho o 5G como um grande sensor do que tá acontecendo”.

Outra preocupação que empresas precisam ter antes de adotar soluções 5G é com a segurança. Uma das grandes promessas do 5G é habilitar não apenas agilidade, mas a conexão direta entre um número imenso de dispositivos e sensores, o que deve ampliar ainda mais a superfície de ataque.

“O mundo conectado é muito legal, mas cabe a nós ter mais preocupação com o que estamos fazendo”, avaliou Felipe Prado, consultor de segurança da Kyndryl Brasil. “O mundo todo conectado abre portas para a gente entrar. Uma vulnerabilidade de IoT pode abrir uma porta para o seu local de trabalho.”

Conforme alerta o consultor, estruturas de automação, por exemplo, foram desenvolvidas para ficarem “trancadas dentro da fábrica”. Hoje, estão conectadas aos ERPs para coleta e processamento de informações. Com a pandemia, os controles desses ERPs foram para dentro da casa das pessoas. “É um desafio em um patamar que a gente não imagina”, pontuou Prado.

Com a experiência 5G da Mercedes-Benz, Mazza ecoou a preocupação. Segundo o executivo, um dos exemplos disso são os próprios caminheiros, que passarão a precisar operar veículos conectados e seus módulos eletrônicos. “Você tem vantagens [com o 5G]. As vantagens pagam o risco, mas o risco está lá. O trade-off é que você está dependente da conexão e tem que saber resolver”, finalizou.

Rafael Romer

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