IA deve evoluir de ferramenta para parte integrante das rotinas de trabalho e descanso das pessoas.
Se em 2024 a inteligência artificial (IA) pautou quase todas as conversas sobre tecnologia nas empresas, em 2025 ela deve evoluir de uma ferramenta para parte integrante das rotinas de trabalho e descanso das pessoas. No cenário global, ela permitirá buscar novas formas de superar desafios que vão da crise climática ao acesso à saúde.
Quem faz os prognósticos é a Microsoft, um dos players do setor mais implicados na evolução da IA. “… no último ano vimos um número significativo de pessoas e organizações passando da experimentação com IA para uma adoção mais significativa”, diz em comunicado Chris Young, vice-presidente-executivo de desenvolvimento de negócios da companhia americana.
A Microsoft elenca abaixo seis tendências de IA a serem observadas em 2025.
No último ano, os modelos se tornaram mais rápidos e eficientes. Em 2025 eles farão mais e melhor, diz a Microsoft. Modelos com capacidades de raciocínio podem ser usados para resolver problemas complexos com etapas semelhantes à forma como os humanos pensam.
Essas capacidades continuarão úteis em áreas como ciência, codificação, matemática, direito e medicina, permitindo que modelos comparem contratos, gerem códigos e executem fluxos de trabalho multietapas. Esses avanços serão importantes na inovação de modelos, mas também no progresso na curadoria de dados e no pós-treinamento.
A Microsoft diz que a curadoria de dados de alta qualidade pode melhorar o desempenho e o raciocínio de modelos. E cita que o Orca e o Orca 2 mostraram, segundo a empresa, o poder dos dados sintéticos para o pós-treinamento de pequenos modelos de linguagem.
“Pode haver sinergia entre como estamos treinando os modelos e como esses modelos estão alimentando os agentes em troca”, diz Ece Kamar, diretora administrativa do Laboratório de Fronteiras de IA da Microsoft. “E as pessoas agora terão mais oportunidades do que nunca de escolher ou construir modelos que atendam às suas necessidades.”
Em 2025, uma nova geração de agentes de IA poderá lidar com várias tarefas, inclusive de forma autônoma. “Assim como usamos diferentes aplicativos para várias tarefas, os agentes começarão a transformar cada processo de negócios”, diz Charles Lamanna, vice-presidente corporativo de Copilot para negócios e indústria.
Com avanços na memória, raciocínio e capacidades multimodais, os agentes lidarão com atribuições mais complexas. Organizações poderão mudar processos como relatórios e tarefas de recursos humanos, bem como resolver problemas técnicos e responder dúvidas sobre benefícios.
As empresas podem configurar agentes para alertar gerentes da cadeia de suprimentos sobre interrupções de inventário, recomendar fornecedores e executar pedidos de vendas, cita a big tech.
Segundo a Microsoft, qualquer um poderá criar e usar agentes independentemente do nível de habilidade técnica. Qualquer pessoa pode criar um agente no Copilot Studio, diz a empresa, sem necessidade de codificação. E os desenvolvedores podem criar agentes mais sofisticados para orquestrar tarefas mais complexas.
Fora do trabalho, a Microsoft diz que a IA vai tornar a vida mais fácil em 2025. O Copilot, alega, se tornará um companheiro do dia a dia, simplificando e priorizando tarefas. À medida que a ferramenta evolui, novas capacidades rotineiras serão oferecidas.
E cita o Copilot Daily, que faz um resumo de notícias e do clima. O Copilot Vision, por sua vez, poderá ver o usuário vê online e conversar sobre isso, pois entenderá a página da web visualizada. Ou poderá dar dicas de mobília para um novo apartamento, por exemplo, procurando móveis que combinem.
Nos próximos anos, as experiências de IA se tornarão mais precisas e ganharão inteligência emocional para interações mais fluidas, promete a Microsoft.
Sabe-se que a IA é uma grande consumidora de energia elétrica, mas a Microsoft alega que a própria tecnologia está ajudando a superar esse desafio. Diz estar trabalhando (sozinha e com parceiros, inclusive fabricantes de hardware como AMD, Intel e Nvidia) para tornar data centers mais eficientes.
Isso incluiria processadores personalizados e resfriamento líquido. Nos próximos anos, novos centros de dados que suportam IA entrarão em operação e não consumirão água para resfriamento. A empresa quer expandir o uso de sistemas de resfriamento líquido supereficientes, como placas frias.
A Microsoft diz ainda que está usando mais materiais de construção de baixo carbono, como aço, concreto e madeira laminada cruzada. E fontes de energia sem carbono, como eólica, geotérmica, nuclear e solar. O objetivo é ser uma empresa negativa em carbono, positiva em água e zero resíduos até 2030, diz Mark Russinovich, diretor de tecnologia da Azure.
Definir e avaliar é fundamental para construir a IA de forma responsável, diz a Microsoft. Medir riscos e ameaças pode ajudar a abordar ou mitigar ambos. Isso significa, por exemplo, detectar e abordar conteúdo sem base, conhecido como “alucinações”, respostas imprecisas da IA.
Parte do trabalho da Microsoft para construir aplicações de IA seguras é desenvolver testes rigorosos e abrangentes, diz Sarah Bird, diretora de produto de IA Responsável da Microsoft. Além de avaliar ameaças internas, como alucinações, os testes se tornarão melhores em reconhecer ataques externos e cada vez mais sofisticados.
“Mesmo que os modelos se tornem mais seguros, precisamos melhorar o teste e a medição para enfrentar as piores ameaças que vemos — testes que representam um usuário adversário sofisticado e o que eles são capazes de fazer”, diz. “Temos a base, e vamos continuar a iterar sobre ela no futuro.”
As pessoas também ganharão maior controle sobre como as aplicações de IA operam em suas organizações, diz a Microsoft. Poderão personalizar aplicações que filtram conteúdo e estabelecer limites que se encaixam no trabalho.
A IA está fomentando descobertas em pesquisa científica e promete desbloquear capacidades nas ciências naturais, materiais sustentáveis, descoberta de medicamentos e saúde humana, diz a Microsoft. E dá um exemplo: em 2024 a Microsoft Research fez um avanço que permitirá aos pesquisadores buscar novos medicamentos com “velocidade e precisão sem precedentes”.
Usando um sistema de simulação de proteínas impulsionado por IA, os pesquisadores encontraram uma maneira de simular dinâmicas biomoleculares. Esse método, chamado AI2BMD, pode ajudar cientistas a resolver problemas antes insolúveis e fomentar a pesquisa biomédica no design de proteínas, engenharia de enzimas e descoberta de medicamentos.
“Começaremos a ver essas ferramentas tendo um impacto mensurável na produtividade das pessoas e instituições que estão trabalhando nesses enormes problemas, como o design de materiais sustentáveis e aceleração do desenvolvimento de medicamentos que salvam vidas”, diz Ashley Llorens, vice-presidente corporativo e diretor administrativo da Microsoft Research.
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