Realizada desde 1990, a Fevest celebra sua 25ª edição. A feira, famosa por apresentar as criações de moda íntima, praia e fitness dos confeccionistas da Região de Nova Friburgo (RJ) enfrenta, após as enchentes de 2011, um novo desafio: a crise do setor em geral.
O All Lingerie conversou com Jamil Kazan, sócio-diretor da Rosativa e diretor do Sindivest (Sindicato da Indústria do Vestuário de Nova Friburgo), responsável pela realização evento – que acontece até terça, 04.08, no Country Clube. Confira abaixo a entrevista.
Como os empresários estão lidando com o momento de decréscimo? Eles estão fazendo alguma coisa para superar esta crise?
No momento de crise, a busca do empresário – eu tiro por mim e pelo meu grupo – é fazer o diferencial. É sair da mesmice, é buscar novos produtos, buscar tendências, estudar cada vez mais o seu mercado; porque acredito que nessas horas existem brechas, é onde vamos buscando essas brechas do mercado para atingir, lançando produtos novos, lançando cores novas, trazendo tendências de fora, pesquisando cada vez mais.
Os empresários, durante a feira, parecem estar muito otimistas. Eles dizem que estão começando a vender mais, porque as empresas que valorizavam preço estão saindo do mercado e aquelas que valorizam a qualidade e a inovação estão em ascensão. Isso é verdade?
Com certeza. Já venho dizendo a um bom tempo que este é o ano da peneira. Quem conseguir passar por ele bem deslancha. O que acontece hoje em dia? Quem está investindo em tecnologia, em qualidade e cores, o cliente está vendo de uma forma diferente. Ele não te vê mais encima de preço, mas sim encima o que você está dando para ele vender ao consumidor final. Porque caro é o que não se vende.
Qual é o papel do Sindivest nesse momento junto ao setor?
Nosso papel é fomentar com as outras empresas que acreditem em nosso trabalho. Invistam, como todos nós, em qualidade, em tecnologia, em cores, em tendências… Como somos um polo, temos que crescer juntos. A nossa intenção como sindicato é que todos cresçam, que todos vendam. E o polo com isso cresce também.
A crise fez com que alguma empresa do polo fechasse?
A crise afeta todos. Como eu disse, é o ano da peneira. Alguns estão sobrevivendo, vou falar pela minha empresa: estamos, contudo, crescendo em 2015. Com muito trabalho. Alguns podem ter fechados as portas por algum trabalho que não tenha sido feito.
Ontem foi o primeiro dia da feira. Já deu para sentir como foi a movimentação? Quais são as expectativas?
Foi muito bom. Ontem, relação aos últimos anos (levando em consideração minha empresa e a conversa com outros confeccionistas) foi uma superação de expectativa de movimento de no mínimo 50%. Eu não parei um minuto no meu estande, e com vendas. O movimento foi muito maior que no ano passado, e com clientes novos. Oxigenou a feira. Nós fizemos um trabalho de distribuição de mailings, de convites… Então chegaram pessoas novas.
A alta do dólar não influenciou esse movimento também?
Pode ser. Mas eu não olhei por esse lado, e sim pelo contato diferente.
Foto: Mauro de Souza| Divulgação
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