COMENTÁRIO:
O Brasil situa-se, geograficamente , entre Venezuela e Argentina, que são sob todo ponto de vista, extremos de insanidade na América do Sul. Situa-se Pyndorama entre estes extremos geográficos , mas também entre eles sob os pontos de vista social, econômico,e político.
Os três países estão sendo reduzidos a condição de exportadores de commodities de valor agregado próximo de zero, e beirando, em níveis diferentes, reconheça-se, o caos,e mesmo algo bem próximo a a uma guerra civil. Os "rolezinhos " são o de menos - um grupo de adoradores de itens "de marca" já apropriado pelos fascistas numa versão de suporto confronto entre "conservadores" e a periferia, que aliás, em Sampa é responsável por pelo menos metade do consumo, e com visitas mensais aos Shoppings,. Um dos "líderes" dos líderes do
" rolezinho" já aderiu a uma organização ligada ao PCdoB. Os Palhares do Nelson Rodrigues hoje começam a se-los aos 15 anos. Estes três países estão ameaçados por confrontos futuros que poderão desembocar numa guerra civil. No site "Questão Indígena" poderão consultar
Some-se, no Brasil, o crescimento do crime organizado, alimentado pelo tráfico de cocaína e crack, denunciado no filme Tropa de Elite 2, como tendo seu apoio principal em Brasília, ou seja : os políticos ganham com as drogas. O Governo, discretamente, já viabilizou a participação das Forças Desarmadas ( exército etc.) no caso de um conflito generalizado. Vamos esperar e ver oque acontece no nosso futuro próximo. Finalmente: a propriedade tem que ser defendida com a vida. Refiro-me a questão indígena.
A destruição da Argentina
30 de janeiro de 2014 | 2h 08
O Estado de S.Paulo
Devastada de tempos em tempos por algum governo incompetente e populista, a economia argentina mais uma vez se esboroa, com inflação em disparada, problemas de abastecimento, produção estagnada, reservas cambiais quase no fim e quase nenhum acesso - ou nenhum, mesmo - ao financiamento internacional. Nem originalidade se pode atribuir à presidente Cristina Kirchner e ao bando de ineptos ao seu redor, pelo menos quanto aos erros. Há pouca novidade nos principais disparates cometidos em dois mandatos consecutivos. Mais de uma vez, nos últimos 40 anos, o governo argentino produziu o quase milagre de esvaziar as prateleiras num país conhecido como grande produtor e exportador de alimentos. E mais de uma vez esse país está a um passo de um desastre cambial, embora os preços agrícolas tenham sido muito bons, no mercado internacional, nos últimos anos.
Irresponsabilidade monetária e fiscal, ingerência nos preços, barreiras à exportação e à importação, interferência no câmbio e conflitos com o setor agropecuário, de longe o mais produtivo da economia, são marcas de vários governantes argentinos. Em relação a esses pontos, nenhuma inovação nos últimos anos. Se os Kirchners tiveram alguma originalidade foi em outras linhas de ação.
O primeiro, Néstor, marido de Cristina, juntou-se ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, há uns dez anos, para criar uma estranha e desastrosa parceria entre Argentina e Brasil - uma aliança terceiro-mundista, naturalmente antiamericana e incompatível com qualquer projeto sério de inserção do Mercosul no mercado global. Essa parceria acabou favorecendo um crescente protecionismo do lado argentino, ruim para o Brasil, para as economias menores do bloco e para a indústria argentina, acomodada e cada vez menos competitiva.
Sucessora do marido, Cristina Kirchner manteve o padrão geral da gestão anterior, mas aperfeiçoou o estilo, adotando a falsificação de informações macroeconômicas, a começar pelo índice de inflação. Conseguiu para seu país, com isso, uma distinção pouco invejada e ainda mantida. Ao publicar os dados argentinos, o Fundo Monetário Internacional (FMI) passou a acrescentar às tabelas notas com ressalvas sobre a credibilidade dos números.
Desmoralizado internacionalmente e pressionado pelo FMI, o governo da presidente Cristina Kirchner comprometeu-se a mudar as estatísticas oficiais, atrasou-se, foi censurado e anunciou um novo prazo.
Se o novo indicador for melhor, as contas do crescimento econômico deverão ser mais confiáveis, porque o deflator aplicado aos valores será mais realista. Mas essa mudança ainda é promessa. Por enquanto, vale o velho roteiro.
Segundo o governo, os preços ao consumidor subiram 10,9% em 2013. Segundo fontes independentes, a inflação deve ter superado 28%. Além de produzir números sem credibilidade, o governo continua tentando frear a inflação por meio de controles de preços e ameaças. A escassez é consequência normal desse tipo de política.
Segundo o secretário de Comércio Interior, Augusto Costa, faltam quase 50% dos produtos em alguns supermercados. O antecessor de Costa, Guillermo Moreno, costumava impor limites de preços por meio de ameaças, o mesmo recurso usado, com frequência, para proibir importações, principalmente de produtos brasileiros. Moreno deixou o governo, mas a ingerência nos preços e o protecionismo foram mantidos. Também houve mudança no Ministério da Economia. O novo responsável, Alex Kicillof, preserva o costume de atacar os empresários, em vez de se ocupar com as causas da inflação.
Se empresários mal-intencionados causam a inflação, especuladores inimigos devem ser culpados pelos problemas cambiais. A desvalorização do peso nos últimos dias foi atribuída pelo chefe do Gabinete de Ministros, Jorge Capitanich, a interessados em quebrar o país para "ficar com seus recursos energéticos e naturais a preço de liquidação". Também o governo brasileiro tem usado esse discurso: a inflação e a crise da indústria são importadas. Se a culpa é dos outros, nada há para corrigir.
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